sábado, 13 de outubro de 2012

CAPS

Bom Dia!

Postem aqui seus relatórios de visita ao CAPS.

Prazo 26.10.2012.

Abraço,
Ana Débora

54 comentários:

  1. LUANNA OLIVEIRA MELO

    A visita ao Caps, foi de fato surpreendedora. Ao chegar lá o medo e o receio dos internos com distúrbios mentais tomou conta do meu ser, pelo fato que todos lá tem liberdade pra se movimentar pra onde quiser. Com um tempo o medo foi perdido e tomou-se conta do meu ser um sentimento de compreensão e ternura pela aquelas pessoas, aliás todo o medo foi trocado por um sentimento de confiança e ali estavam pessoas como nós mas em uma situação diferente de mentalidade, e que precisavam ser compreendidas e interpretadas de uma maneira menos arrogante e mais acolhedora.
    Ao nos reunirmos numa sala pra um bate papo com uma das responsáveis pela coordenação de lá, me surpreendi pelas utilidades que aquele local tinha para aquelas pessoas.
    O atendimento abrange as pessoas com transtornos mentais moderados a grave. A faixa etária beneficiada naquele momento, abrangia desde as pessoas com 16 anos até os 70 anos. Atualmente, atende 390 usuários ( regularmente ou consulta e acompanhamento). Lá eles oferecem diversas ofertas de tratamento terapêutico, por isso acabam abrangendo um público diferenciado.
    Há uma equipe responsável por estes usuários, correspondendo a médicos, auxiliares de enfermagem, enfermeiros, oficineiros( oficinas terapêuticas), psicoterapeutas, psicólogos, etc. Pode-se encontrar oficinas como de: bola, histórias, bijouterias, pintura música, assembleia com os usuários( forma de manifestação de suas vontades).]
    Uma visão bastante interessante tratada nesse bate papo, é a discussão de tratarmos essas pessoas como participantes do mundo social, proporcionando sua liberdade de direito e tentando compreende-las de uma maneira menos discriminadora e mais acolhedora. A coordenadora, citou um exemplo de 2 homens condenados por tentativa de estrupo foram acolhidos lá, sendo que de imediato a equipe ficou receosa de recebe-los, com um tempo ao avaliar a situação, percebeu-se que tinha um transtorno e não tinha cuidado necessário, sendo que eles encontravam-se descompensados, ou seja, mais um motivo para interpretarmos as atitudes destas pessoas com uma vertente mais amenizadora e menos intempestivas. A participação da família faz-se de extrema importância visto que o benefício do tratamento será mais eficiente, proporcionando a adaptação do paciente ao estilo de vida melhor!!
    O atendimento prestado lá é de 24h, sendo que nos finais de semana e feriados, a presença de prestação de serviço se faz pela equipe de enfermagem. Existem lá, usuários de acolhimento noturno( usuários em crise, desajuste de medicação e comportamento), sendo equipado com 8 leitos( 4 fem e 4 masc), sendo que estes usuários permanecem lá até obter a melhora, não tendo um tempo definido de estadia.
    Tem-se cada vez mais a tentativa de trazer mais pessoas para o acolhimento no CAPS, retirando-as das clinicas de internamento. O CAPS também detém de 2 residências terapêuticas ( uma com 5 e outra com 8 usuários), esses usuários estavam internados, e como seriam abandonados, são acolhidos nas residências terapêuticas, essas residências tem uma cuidadora( tec de enfermagem), ajudando no estabelecimento de ordem , administração de tratamentos, etc. As pessoas que conseguiram voltar pra suas famílias, fazem visitas ou diária, ou 3 vezes por semana, ou seja, fazendo acompanhamentos dependendo dos projeto terapêutico.
    Fazendo um resumo, as ações estabelecidas no CAPS abrange: porta aberta, atendimento residencial, acolhimento noturno, residências terapêuticas.
    De modo geral, ao sair de lá, eu tive a certeza que ainda existem medidas que estabelecem a tentativa de transformar o mundo em um local melhor e mais digno pra todos! Sai de lá realizada e com expectativas de querer sempre mais.

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  2. DÉBORA RIBEIRO MENDONÇA


    Os Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), foram criados como uma estratégia para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Através deles possibilitou-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário. Foram criados para atender à população, realizar acompanhamento clínico, promover a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecer os laços Familiares e comunitários.
    Fomos então conhecer um dos CAPS, localizado no bairro Siqueira Campos, onde atende pessoas com transtornos mentais moderados ou graves, numa faixa etária que vai de 16 a 70 anos. O centro conta com 390 usuários que frequentam regularmente, uns para consulta médica, outros para acompanhamento multidisciplinar. Como o público é diferenciado, a terapêutica também é variada.
    O Caps conta com uma equipe multidisciplinar: Psiquiatra, psicólogo, terapeuta ocupacional, oficineiros. As oficinas tentam inserir os usuários em atividades, como música e confecção de bijuterias, dessa forma sentem-se mais inseridos, diminuindo as crises no ano. São realizadas festas com os usuários, como a sexta legal uma vez por mês, onde há oportunidade de inseri-los socialmente. E ainda é feita a terapia individual com alguns, dependendo de sua condição, pois usuários muito comprometidos com transtornos crônicos não conseguem aderir.
    A equipe procura fazer visitas domiciliares para avaliar o ambiente do usuário, o convívio com os seus familiares e acompanhar de perto sua evolução, procurando ter sempre um contato com a família. E ainda conversam com os mesmos para saber se eles tem idéia de sua situação ou de sua realidade. No CAPS são também realizadas assembléias semanais, onde os usuários têem a oportunidade de expressarem-se e debaterem sobre assuntos atuais. Uma forma deles mostrarem que não são incapazes, que também tem opiniões e sabem pensar. E são nesses momentos que eles falam muito sobre o preconceito que enfrentam na sociedade.
    O CAPS funciona 24 horas, fica uma equipe terapêutica durante o dia e à noite e final de semana, uma equipe de enfermagem composta por 1 enfermeiro e técnicos de enfermagem. Usuários em crise que necessitam de medicação mais rigorosa, permanecem a noite e dormem lá até melhorar. O médico fica de segunda a quinta e caso algum usuário entre em crise sem o médico presente o procedimento é chamar o SAMU e levar para urgência mental.
    Existem ainda as residências terapêuticas, um programa criado para acolher usuários que passaram anos no manicômio e ao sair, não encontram suas famílias ou não são aceitos por elas. Eles residem nessas residências, mas a parte terapêutica é feita no CAPS, onde vão 3 vezes por semana. Cada residência tem um líder e este tem conhecimentos de enfermagem e também tem os cuidadores, que mantem a organização da casa.
    Dessa forma, percebemos que a criação dos CAPS foi uma estratégia que deu certo, pois ao invés de manter a pessoa em um ambiente fechado de um hospital psiquiátrico, onde só recebiam medicações, criou-se um ambiente mais apropriado para sua recuperação, onde o usuário além de receber medicações, são também inseridos socialmente, conhecem a história de outras pessoas com os mesmos problemas e tem uma maior liberdade, facilitando e tornando ainda mais rápida sua recuperação.

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  3. Rodrigo Mota

    O CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, é um serviço público de saúde mental destinado a atender indivíduos com estado mental alterado, com objetivo de tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico, e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários.
    A visita ocorreu numa quinta-feira pela manhã e tivemos a oportunidade de participar do momento em que os usuários do CAPS se reúnem para falar de outras atividades, fora da sua unidade, para discutir vários assuntos. A reunião é feita no pátio, onde todos os presentes ficam sentados em roda. Um dos pacientes é o coordenador da discussão e outra faz o papel de secretária, anotando tudo que foi dito durante a reunião. Acho importante frisar a organização deles durante esse momento. Todos eram ouvidos e o momento de falar era respeitado, existindo poucas interrupções. Nesse dia as pautas foram uma espécie de gincana que iria ocorrer entre os CAPS de Aracaju e a tentativa de criar um grupo de pessoas portadoras de doença mental com o intuito de facilitar a representatividade deles perante a sociedade.
    Os freqüentadores da unidade formam um grupo heterogêneo. Em alguns, percebe-se facilmente que há algum distúrbio mental, já em outros, só após algum tempo notamos algo diferente. Alguns são bastante comunicativos, outros são mais reclusos. Alguns funcionários que conversaram com a gente tinham a mesma opinião antes de começarem a trabalhar no centro: não queriam trabalhar no CAPS, pois tinham receio do trabalho. Porém com o decorrer do tempo eles acabaram se a acostumando e até gostando de trabalhar no centro.
    No CAPS, além do atendimento de ambulatorial de psiquiatra, são oferecidos: serviço social, psicólogos, professores de educação física, enfermeiros e uma farmácia onde os pacientes recebem seus remédios. A unidade oferece também dormitório para o caso de algum usuário que esteja em surto e necessite dormir sob observação. A estrutura não é muito boa, é quente e os dormitórios não apresentam um conforto suficiente, porém a área livre pareceu ser do tamanho suficiente. As oficinas de música, bijuterias, pintura entre outras tem o objetivo de que os usuários aprendam algo, ocupem seu tempo e se sintam melhores.
    Acredito que essa nova forma de vê o doente mental seja a maneira correta. Uma internação psiquiátrica clássica, de manicômios, não tem a capacidade de fornecer ao doente o apoio necessário para a sua condição, talvez sendo negativo o resultado final. Já esse novo modelo, que está sendo implantado não só aqui em Aracaju, mas em todo o Brasil, oferece ao portador de distúrbio mental um convívio social bastante positivo.
    Saí da visita com uma impressão totalmente nova. O pré-conceito que tinha antes deu lugar a um grande interesse por essa área e um respeito maior para os profissionais e usuários.

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  4. A criação dos CAPS (Centro de atenção psicossocial) representa um passo fundamental na Reforma Psiquiátrica Brasileira. Os CAPS, que são centros de acolhimento, vieram para substituir o antigo modelo manicomial de hospitais psiquiátricos. Isso representa a mudança de um modelo em que os pacientes portadores de doença mental eram isolados em manicômios sobre condições desumanas, para um modelo que visa o melhor atendimento do doente e a reintegração dele à sociedade.
    Um dos principais objetivos dos CAPS é reverter situações de internação compulsória. Os CAPS são serviços porta aberta que oferecem atendimento diário à comunidade. Os pacientes acolhidos tem a possibilidade de interagir entre si, o que favorece uma melhor socialização. É função do CAPS promover a inserção social da pessoa com transtorno mental por meio do trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Uma vantagem do CAPS em relação ao atendimento ambulatorial é que neste não há interação com outros usuários.
    Os CAPS realizam atendimento clínico dos pacientes e se utilizam de medicamentos para ajuste do comportamento e para reverter situações de agressividade. Um fato preocupante é que muitos clínicos se negam a tratar pacientes com transtorno psiquiátrico pelo fato de acharem que eles devem ser tratados exclusivamente pelo psiquiatra. Desta forma as queixas do paciente ficam sem serem ouvidas. O tratamento deve ser em rede, um trabalho em conjunto das unidades de atenção básica com os CAPS.
    O centro que visitamos consta de 8 leitos e possui 1 enfermeira e 4 auxiliares, além de alguns psiquiatras. Os pacientes, em sua maioria, são esquizofrênicos ou possuem transtorno de humor. O tratamento é feito no próprio CAPS. Se não houver médico, um paciente com transtorno grave pode ser transportado pela SAMU até uma urgência mental e depois que houver melhora, ele pode voltar para o próprio CAPS ou para uma clínica.
    É importante que o CAPS tente trabalhar com as famílias dos pacientes, pois muitas famílias os negligenciam. Também é essencial saber como anda o comportamento do paciente em casa. Para isso conversa-se com a família e são feitas visitas. Isso pode evitar situações de interdição.
    Conclui-se que a criação do CAPS é de grande importância para o tratamento de pessoas com transtorno mental e para a reinserção delas na sociedade.

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  5. FREDISSON PORTO MELO


    No dia 19 de outubro de 2012, Foi visitado pela turma A1 de medicina do 6º período, o CAPS (Centro de atenção psicossocial), que é um serviço público de saúde mental destinado a atender indivíduos com estado mental alterados. Tem como maior objetivo tratar a saúde mental de forma adequada, oferecendo atendimento à população, realizando o acompanhamento clínico, e promovendo a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho e ao lazer, a fim de fortalecer os laços familiares e comunitários.
    Seus principais objetivos são: prestar atendimento clínico diário, evitando as internações em hospitais psiquiátricos; acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica; organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios; promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
    No CAPS é possível encontrar oficinas destinadas a atividades em grupo, que é fator de motivação para muitos usuários, há leitos de observação que permite acompanhar pacientes por alguns dias com finalidade de estabilizá-lo. Há refeitório, farmácia, sala de acolhimento e sala dos técnicos.
    Os CAPS são divididos por tipo: tipo I (não há leitos de observação), tipo II (possui 1 médico psiquiatra e uma equipe reduzida) e tipo III (com uma equipe maior e com possibilidade de estabilização). Há também o CAPS AD para adulto e o CAPSi que é infantil. É um serviço porta aberto disponível para a população sem que seja preciso um encaminhamento médico.
    Quando se compara os serviços oferecidos pelo CAPS com os de uma internação psiquiátrica ao modelo manicomial como era comum há tempos atrás se percebe a grande diferença que existe entre as duas situações e o grau de resolutividade que as duas possuem. Uma internação psiquiátrica clássica não tem a capacidade de fornecer ao doente psiquiátrico o suporte necessário para a sua condição talvez sendo negativo o resultado final. Já o modelo CAPS de atendimento além de fornecer a base técnica do tratamento oferece uma forma de reinserção do doente psiquiátrico ao convívio social, fator que é muito positivo e de grande importância para a condição do doente.

    Aracaju-se 26 de outubro de 2012

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  6. Alunos do curso de medicina da Universidade Federal de Sergipe, cursando a matéria curricular Saúde Coletiva 3, realizaram visitas a determinados centro de saúde do município de Aracaju-SE, com o intuito de melhor conhecimento das funções e funcionamentos dos mesmos, com esse novo conhecimento adquirido podemos perceber como proceder, aconselhar, agir para o melhor beneficio do nosso paciente, e além disso, possibilita também, a formação de um profissional medico mais consciente de sua função na sociedade.
    A terceira unidade visitada, visita essa ocorrida no dia 05 de outubro de 2012, foi o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Liberdade, situado na rua Distrito Federal, 1020, bairro Siqueira Campos, Aracaju-SE. Nesta, fomos recebidos pelo por seus funcionários, que nos apresentaram a unidade, como também, a sua função de oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários pelo acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
    Os CAPS têm valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilita-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário.
    É também função dos CAPS:
    - prestar atendimento clínico em regime de atenção diária, evitando as internações em hospitais psiquiátricos;
    - acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário em seu território;
    - promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais;
    - regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação;
    - dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica;
    - organizar a rede de atenção às pessoas com transtornos mentais nos municípios;
    - articular estrategicamente a rede e a política de saúde mental num determinado território
    - promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
    Estes serviços devem ser substitutivos e não complementares ao hospital psiquiátrico. De fato, o CAPS é o núcleo de uma nova clínica, produtora de autonomia, que convida o usuário à responsabilização e ao protagonismo em toda a trajetória do seu tratamento.
    Tivemos a grata oportunidade de conhecer este centro num dia de quinta feira, justamente o dia da assembleia, onde os usuários, profissionais e familiares, se reúnem, formam um circulo e abrem um bate-papo descontraído, e discutem uma determinada pauta confeccionada pelos profissionais, também, fazem oficinas (musica, bijuteria, pintura etc) e combinam alguns eventos, eventos esses que, muitas vezes, ultrapassam a própria estrutura física, em busca da rede de suporte social, potencializadora de suas ações.
    Durante a visita foram também destacados, pelos profissionais, alguns problemas, como a falta de adesão ao tratamento, principalmente medicamentoso, o desinteresse de alguns familiares, e até a tentativa de se esquivar da responsabilidade sobre o usuário, tentando coloca-lo sobre responsabilidade unicamente do CAPS.
    Esta visita me chamou a atenção, para uma necessidade de melhora no tratamento dessas pessoas, já que o mau estigma sobre essas pessoas, pelo menos pra mim, foi quebrado. Percebe-se muito facilmente que são pessoas como qualquer uma, com todas as variações que as diferenças de personalidade podem trazer e o problema deles, em especial, pode agravar. Mas temos que trata-los igualmente e pensar no seu bem estar em primeiro lugar. Fazendo o tratamento necessário, não apenas o protelar, encaminhando ao psiquiatra.

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  7. A visita ao CAPS pôde ser definida como uma experiência única, fundamental para que, como alunos, futuros médicos, e mais ainda, cidadãos, sentimentos de respeito e compreensão que já existiam, fossem consolidados.
    Por meio do encontro, foi propiciada a participação na Assembleia semanal que pacientes, funcionários e familiares realizam com o intuito de discutir os assuntos da instituição, direitos, deveres e necessidades. E cabe aqui uma ressalva importantíssima: os usuários possuem um incrível senso crítico e analítico a respeito de sua condição clínica, de seu papel na sociedade, dos problemas e desafios que enfrentam, do preconceito e do trabalho que deve ser feito para que mais espaço e oportunidades sejam oferecidos em suas trajetórias.
    Cada palavra e argumento, era carregado de verdade, honestidade, e mesmo aqueles que, infelizmente, estavam mais debilitados mentalmente, ouviam atentos e contribuíam com a reunião.
    Durante o curso, em meio a tantos livros, apostilas e slides, as vezes perde-se a essência da medicina, o paciente. A visita teve a missão de mostrar além da estrutura física e dos serviços oferecidos, o usuário, o paciente psiquiátrico, que possui nome e história e DEVE ser inserido no convívio social cotidiano, integrado e respeitado como cidadão.
    A ferramenta usada atualmente pra essa integração é o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial - que tem como foco principal proporcionar atendimento geral à essa população, realizando o acompanhamento clínico e a reintegração sócio-educacional dos pacientes por meio de atividades como trabalhos, oficinas, lazer e cultura.
    O tratamento é realizado por uma equipe multiprofissional interligada composta por médicos psiquiatras, enfermeiros, assistentes sociais e psicólogos.
    Os pacientes podem realizar diverss atividades desenvolvidas no próprio CAPS, bem como buscar ali o tratamento emergencial em quadros de crises.
    O serviço de qualidade oferecido e a boa vontade da equipe foram bastante visíveis e se configuram como bases para um bom prognóstico, mas além desses suportes, o apoio da família, esse bastante destacado pelos profissionais, alicerça o tratamento e contribui de maneira definitiva para melhora do quadro e reinserção do usuário.
    Existem, como em todos os serviços públicos, problemas e necessidades que precisam ser contornados, mas é preciso destacar a importância desse serviço, constituído a partir da Reforma Psiquiátrica que se firmou como exemplar para tratamento e ressocialização do paciente psiquiátrico.

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  8. IGOR LOBÃO

    A visita ao CAPS foi a mais interessante entre todas que fizemos pelo fato de, até o momento no curso, não termos tido nenhum contato com pacientes psiquiátricos. Esse nosso desconhecimento acerca do que encontraríamos durante essa visita fez com que vários de nós ficássemos receosos quando entramos no CAPS, o que dava pra ver claramente no semblante de alguns.
    Os Centros de Atenção Psicossocial foram criados no intuito de substituir os antigos Hospitais Psiquiátricos e de trazer um acolhimento mais humano para seus usuários. Tais Hospitais eram tidos como simples depósitos de loucos, que recebiam medicações e ficavam reclusos; já no CAPS eles recebem uma assistência multidisciplinar (psicólogo, psiquiatra, terapeutas ocupacionais) que visa reinserí-los no convívio social. Os CAPS funcionam no regime de portas abertas, o usuário que precisar do serviço é só chegar que será prontamente atendido, diferente dos antigos manicômios que internavam os pacientes de maneira compulsória. No Centro que visitamos eles dispõem de uma quadra onde participam de atividades físicas com o acompanhamento dos profissionais; bem como participam de oficinas de bijuterias, música, artesanato e pintura. O acompanhamento não é apenas dentro da instituição, os pacientes recebem visitas em casa para que a equipe avalie como está o ambiente familiar e se o tratamento está sendo feito da maneira adequada. O centro funciona 24h por dia com atendimento ambulatorial; o atendimento emergencial é feito de segunda a quinta, caso o usuário venha a ter alguma crise nos fins de semana ele é encaminhado para uma urgência pelo SAMU. O CAPS dispõe de 8 leitos, por isso pacientes que precisam de medicações mais controladas podem dormir lá até a sua melhora.
    A visita foi de extrema importância para que alguns de nós mudássemos nossos pensamentos e quebrássemos alguns preconceitos sobre os pacientes psiquiátricos. No fim da visita deu para perceber que muito ainda precisa ser feito por esses pacientes, mas já houve uma melhora significativa se compararmos ao que era feito até pouco tempo atrás.

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  9. Em visita ao CAPS (Centros de Atenção Psicossocial), localizado no Siqueira Campos, nos foi passado a sua importância em acolher pessoas com distúrbios psíquico que se iniciou a partir da Reforma Psiquiátrica Brasileira, antes disso, pessoas com tais distúrbios era internada nos Hospitais Psiquiátricos onde não tinham direito a ter um vida social, nem podiam sair.
    O CAPS prepara seus usuários para voltar a ter um vida “normal”, onde possam conviver com as pessoas, se reintegrar as suas famílias(estas recebem auxílio financeiro para cuidar dos usuários do CAPS que saíram de internamento) e possam até se inserir em mercado de trabalho, lá eles têm acompanhamento clínico com serviço médico psiquiatra, enfermeiro e técnicos.
    O CAPS funciona diariamente e está aberto ao acolhimento de qualquer pessoa com distúrbios psíquico sem necessitar encaminhamento ou agendamento, possui oficinas com atividades em grupos, que garantem interesse em participação e retorno de seus usuários, atende pacientes em crises, que são medicados e ficam internados em um dos 8 leitos disponíveis até serem estabilizados. Quando eles estão com todos os leitos ocupados ou não há médico durante o acolhimento de um paciente em urgência, eles ligam para o SAMU para transportar seu paciente para outro urgência mental em algum hospital.
    O envolvimento do CAPS com seus usuários é grande de forma que em determinadas urgências onde as queixas de paciente psiquiátricos não são levadas a sério, ao perceber que o paciente da urgência é usuário do CAPS eles são contatados para informar que um paciente deles está na urgência de outro hospital “incomodando” e ao ter a interferência de profissionais do CAPS conseguiu se ver que o seu paciente não estava fingindo e tinha uma urgência.
    O CAPS representou um grande avanço na forma de atendimento ao paciente psiquiátrico, representando de forma geral um melhora importante na saúde mental de seus usuário e melhora ou recuperação da qualidade de vida destes.

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  10. RODRIGO GUIMARÃES AMARAL

    Os Centros de Apoio Psicossocial (CAPS) surgiram com o intuito de substituir o modelo tradicional e arcaico dos hospitais psiquiátricos no tratamento dos pacientes portadores de doenças mentais. Naquele modelo, o tratamento era baseado apenas em contenção física e farmacológica dos pacientes, que viviam enclausurados em tais instituições e sem liberdade alguma. Em contrapartida os CAPS tem como objetivos, além do tratamento farmacológico do distúrbio psíquico em si, a reinserção social de tal paciente. Para isso, são realizadas semanalmente atividades de interação social, como oficinas de música, bijuterias, pintura e artesanato, debates sobre temas da atualidade e competições esportivas. Tal momento é de extrema importância, haja vista que essa é uma oportunidade dos pacientes entrar em contato com outros usuários do CAPS que convivem com problemas semelhantes aos seus.
    Na sexta feira do dia 19 de outubro de 2012 visitamos uma das unidades do CAPS da cidade de Aracaju. Inicialmente, nos foi mostrado toda a estrutura física da instituição, que conta com sala de acolhimento, sala dos técnicos, refeitório, farmácia, pátio e 8 leitos de observação (quatro masculinos e quatro femininos), que são utilizados para acompanhar e estabilizar pacientes em crise. Após conhecer o ambiente, assistimos a uma palestra sobre como funciona o CAPS.
    O CAPS tem hoje 390 usuários de idades que variam desde 16 a 70 anos. Para atender a todos esses pacientes, o CAPS funciona 24 horas todos os dias e conta com uma equipe multiprofissional composta de médicos psiquiatra, psicólogos, enfermeiros, assistentes sociais e técnicos de enfermagem. Essa equipe trabalha em conjunto para que ocorra um menor número de internações psiquiátricas e para que os pacientes retornem ao convívio social e familiar o mais breve possível. O médico psiquiatra está presente no CAPS de segunda a quinta. Em caso de alguma urgência nos dias em que o médico não esta presente, o paciente é levado via SAMU a uma urgência psiquiátrica.
    Um problema frequente que nos foi relatado, é a recusa de atendimento aos portadores de doenças mentais por médicos de outras especialidades que não seja a psiquiatria. Isso dificulta bastante o tratamento desses pacientes, já que é muito comum haver outros distúrbios fisiológicos acompanhado do problema psiquiátrico.
    Eu, particularmente, estava bastante ansioso para saber como seria esse primeiro contato com tais pacientes. Porém tal ansiedade e talvez receio rapidamente foi-se embora ao observar a maneira totalmente humana como tais pacientes se relacionavam entre si e com os profissionais que ali trabalham.
    A visita ao CAPS foi, portanto, bastante enriquecedora, já que além de ter a oportunidade de conhecer melhor tal instituição, nos proporcionou o contato com tais pacientes- antes mesmo de cursar a matéria Psiquiatria- e nos demonstrou que o tratamento dos portadores de doenças mentais deve ser feito, de fato, da forma mais humana possível.

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  11. O CAPS (Centro de Apoio Psicossocial) foi fundado em São Paulo em 1987 como consequência da Reforma Psiquiátrica. Um dos seus objetivos é integrar pessoas com transtornos mentais à sociedade novamente. Nele os usuários recebem tratamento psiquiátrico e psicológico e também têm acesso a outros profissionais, como ao enfermeiro, técnico/auxiliar de enfermagem, assistente social, terapeuta ocupacional, pedagogo, entre outros. Além do apoio profissional, o usuário do CAPS encontra espaço para desenvolver habilidades, como na arte e na música, em oficinas voltadas para esse fim; e têm contato com outros usuários, com quem podem compartilhar experiências semelhantes ao que tem vivido, como sintomas do transtorno ou mesmo o preconceito social.
    Com o objetivo de abranger os conhecimentos acerca do CAPS , no dia 19 de outubro de 2012, os estudantes de medicina do 6º período da UFS visitaram o CAPS Liberdade, situado no bairro Siqueira Campos. A turma foi muito bem recebida pela coordenadora Larissa, a qual informou sobre o funcionamento deste Centro e tirou algumas dúvidas dos alunos.
    Assim como os outros CAPS, o CAPS Liberdade tem profissionais como os já mencionados no primeiro parágrafo, dando continuidade ao tratamento de alguns pacientes que já foram internados em hospital psiquiátrico ou iniciando o tratamento de alguns que nunca estiveram no hospital. Alguns deles já conseguiram empregos autônomos, como o de “sacoleira” e massagista, sendo que uma determinada paciente recebeu a proposta para trabalhar como cozinheira em um restaurante com carteira assinada, porém não pôde aceitar o emprego devido a uma ajuda de custo que ela estava recebendo por causa das suas condições mentais. Vários usuários já tratados recebem essa ajuda para poder reiniciar a sua vida na sociedade, contudo, segundo informações da coordenadora, alguns familiares “se aproveitam” da situação e usa o dinheiro do paciente, mesmo que para o benefício dele, achando que este não conseguirá emprego, assim, não o deixa se desvincular dessa “bolsa” não o permitindo trabalhar com carteira assinada.
    De acordo com a coordenadora, alguns usuários do CAPS quando terminam o tratamento e são encaminhados apenas para o ambulatório voltam e querem participar novamente das atividades, pois o CAPS oferece a eles um verdadeiro centro de apoio, no qual eles podem se expressar sem ser julgados e até desenvolver as suas capacidades. Outro motivo importante para eles voltarem (por conta própria), é o preconceito social, pois, muitas vezes, eles não possuem amigos fora e nem mesmo a família dá o apoio necessário para que eles sigam em frente, tudo o que eles encontram no CAPS.
    Apesar de a sociedade estar aceitando mais as pessoas com transtornos mentais, ainda há muito preconceito. O medo por não saber qual será a reação de um paciente psiquiátrico sem estar controlado acaba afastando as outras pessoas delas. Na própria visita ao CAPS, muitos alunos ficaram com medo ao entrar (incluindo eu) por não saber o que os esperava lá e como os usuários iriam se comportar. Entretanto, o que se percebe é que esses pacientes não são “alienados” como se costuma pensar. Segundo relatos da turma que fez visita em outro dia, eles são bem conscientes sobre todos os assuntos, incluindo política, sabem falar outras línguas, como o inglês, e são muito desenvoltos aos se expressar. Infelizmente, o preconceito afasta a oportunidade de convivência e da troca de conhecimento entre essas pessoas e o resto da sociedade ainda no século XXI.
    Para concluir, é importante enfatizar o alerta da coordenadora sobre o atendimento ao paciente psiquiátrico. Nenhum médico, seja qual for a especialidade, deve negar o atendimento a esses pacientes, mesmo que eles sejam resistentes ao tratamento. É dever do profissional da saúde cuidar de todos, não se deve deixar uma paciente morrer com sepse porque “não quis” receber o tratamento a uma infecção que poderia ser reversível, como a coordenadora mencionou que já ocorreu.

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  12. GUSTAVO GUEDES DE CARVALHO

    De forma totalmente surpreendente, a visita ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) propiciou um aprendizado jamais encontrado em sala de aula.
    No dia da visita, pudemos participar como observadores de uma das assembléias que são realizadas semanalmente entre os funcionários e os próprios usuários. Nestas, são debatidos pontos a respeito de temáticas voltadas para o dia a dia dos usuários, assim como suas necessidades e outras ideias. Mas o que mais chama atenção é poder ver os próprios usuarios do centro participando como comandante e organizadores de pautas e atas da assembleia. A participação e comunicação entre os usuarios, com o auxilio dos funcionários apenas em poucos momentos de dispersão, certamente derruba quaisquer ideia de que o CAPS resguarda apenas pacientes julgados como loucos insanos, perigosos e de realidade praticamente paralela a de alguma outra pessoa dita normal. Apesar de possuírem algum tipo de deficiência mental que gera o fato de ali estarem, dentro dos limites de cada um, os pacientes mostraram-se respeitosos, educados, inteligentes e críticos, mais até do que algumas pessoas que não possuem tais problemas. Esse fato mostra que os usuarios do CAPS podem e merecem ser integrados ao nosso cotidiano, além de serem tratados e respeitados como cidadãos comuns, com seus devidos cuidados necessários para e com sua saúde mental.
    Podemos concluir a visita com uma breve explicação sobre o CAPS, no que diz respeito a sua estrutura física, sobre sua organização, funcionamento e atendimentos em urgências e acolhimento. Também ficou claro a participação multidisciplinar para o tratamento de seus pacientes, assim como o essencial apoio familiar. Para finalizar, alguns de seus funcionários falaram também sobre seus próprios pensamentos pessoais em relação ao centro, que entraram em sintonia com o sentimento de surpresa e alegria que muitos de nós, alunos, pudemos presenciar.

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  13. Diogo Ramon Santos

    No dia 04 de outubro de 2012 foi realizada a terceira visita do ciclo prático da disciplina Saúde Coletiva 3.
    Esta visita foi feita no Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Liberdade localizado na Rua Distrito Federal, no bairro Siqueira Campos.
    Inicialmente fomos recepcionados de uma forma bastante ‘calorosa’ por um dos pacientes que sabia falar um inglês quase que perfeito na sua pronúncia. Logo após fomos encaminhados para uma reunião que ocorre semanalmente lá. Nessa reunião, que ocorre na presença de diversos pacientes além dos enfermeiros e assistentes sociais do próprio CAPS, são definidos alguns eventos, problemas para serem resolvidos, além de sanar eventuais dúvidas que os próprios pacientes tenham.
    Nessa reunião, um dos principais pontos que me chamou a atenção foi o nível de conscientização, não só social, mas principalmente política dos pacientes. Tamanho nível de consciência que chega a ser maior, a meu ver, comparado a pessoas ‘sãs’. Isso leva bastante a crer que a sua condição mental não afeta em absolutamente nada o seu nível de esclarecimento. Pelo contrário, são pessoas que reconhecem a sua condição, sabem do seu papel na sociedade e não cruzam os braços esperando que certas resoluções ‘caiam do céu’.
    Após esta Assembleia Semanal, tivemos uma pequena explanação por parte das funcionárias (enfermeiras, assistentes sociais, psicólogas) do CAPS Liberdade de como funciona o serviço. Elas nos mostraram a importância do trabalho que elas fazem ali. Não só socialmente falando que tem seus amplos pontos positivos obviamente, mas principalmente do tratamento ‘médico’. O único e principal objetivo delas ali é aumentar a qualidade de vida destes pacientes que além de estarem em tal situação, ainda são discriminados e ‘marginalizados’ pela sociedade e até pelos próprios familiares que muitas vezes abnegam-se de acompanhar o tratamento do seu ente, que é de vital importância nesse tipo de tratamento.
    Elas nos explicarem que o CAPS assim como as UBS é um serviço de portas abertas, sendo assim, qualquer pessoa pode chegar e entrar, entretanto, os pacientes são triados e de acordo com seu nível de transtorno, encaminhados ao melhor atendimento possível, incluindo até transferência para outra unidade de tratamento ou passar a noite no próprio CAPS, em casos de crise por exemplo.
    O CAPS Liberdade é um grande grupo que é dividido em três miniequipes: A Rubi e Esmeralda que possuem atualmente apenas um médico psiquiatra, e a Safira que possui um médico também. A equipe, como dito anteriormente, é multidisciplinar, formada por assistentes sociais, enfermeiras, terapeutas, etc. A equipe noturna é formada por enfermeiros e auxiliares.
    Foi importantíssima essa visita para nós, como estudantes de medicina, já que passamos por uma extensa grade de matérias relacionadas à doença mental, entretanto não tivemos o que é de mais importante num curso para a formação de um médico, que é o contato com paciente. E essa oportunidade foi ímpar para vermos como é um paciente doente mental e como agir perante ele. Claro que o serviço ainda não é o ideal em questão de infraestrutura e de recurso humano, mas a revolução que ocorreu alguns anos atrás mudando o modo como se vê determinado tipo de paciente está no caminho certo e o maior exemplo disso foi ver e presenciar como é e como funciona o CAPS Liberdade.

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  14. MARIANA LEMOS ARAGÃO
    Visita ao Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Liberdade, no dia 4 de outubro e 2012.
    Ao chegarmos ao CAPS fomos recebidos pela equipe da instituição. De imediato assistimos uma assembleia comandada pelos pacientes, supervisionados pela equipe de saúde. Esse procedimento nos deixou impressionados pela compreensão dos assuntos lá discutidos e a concordância que eles têm ao falar. Todos podem criar novas pautas, opinar em outras, distinguindo-as entre pautas e informes, nos mostrando que tem discernimento do que ocorre no mundo e do papel deles na sociedade.
    Existe um representante que participa de reuniões fora do CAPS, em busca de melhorias para os mesmos, e nessas assembleias repassa o que foi decidido deixando todos cientes dos resultados obtidos.
    Na assembleia, foi comentado por uma funcionária, a necessidade da união dos pacientes, juntamente com seus familiares, em busca de melhorias para os mesmos e não ficar esperando que outros o façam, e até como forma de pressão, para que assim as coisas aconteçam, devido à necessidade de um tratamento mais humanizado. Desta forma é mais fácil a vigilância ao cumprimento dos direitos dos pacientes, pois muitos querem mudanças, mas não o fazem. Dentre os desejos dos pacientes muito foi comentado sobre o preconceito que eles sofrem e da necessidade que eles têm de que esse incômodo diminua facilitando a sua reinserção na sociedade.
    Após a assembleia tivemos uma conversa com parte da equipe local, que nos informaram da existência de usuários com vários graus de transtornos, alguns muitos comprometidos, outros menos. Existem aqueles que ficam em Residências Terapêuticas, criadas após a reforma psiquiátrica onde houve a deshospitalização dos usuários os quais possuíam grau maior de comprometimento cognitivo, pois passaram bastante tempo em hospitais psiquiátricos administrados. Essas Residências Terapêuticas são administradas através de suas aposentadorias.
    Existem duas residências com cuidadores, e lá ficam pacientes que não conseguem mais realizar atividade, outros voltaram para suas casas e ficaram vinculados aos CAPS. Estes últimos são mais orientados, trabalham, recebem benefícios e fazem bico, conseguem ter uma vida normal.
    O CAPS funciona 24 horas, aberto a qualquer pessoa que necessite, com acolhimento noturno.
    Para que haja inserção desses pacientes na sociedade atividades diferenciais são oferecidas, como oficinas e grupos, como, grupo de futebol, oficina de recreação e de cidadania, oficinas normais de bijouterias, e outras. A função do CAPS não é só médica mas também terapêutica.
    Ficamos sabendo também que uns dos grandes problemas são os familiares. A maioria deles quando podem preferem se afastar do convívio seus familiares e os deixam no acolhimento, até mesmo para descansar, mas o CAPS faz de tudo para que eles fiquem o maior tempo com os familiares.
    Usuários leves são tratados nas Unidades Básicas de Saúde, os moderados no ambulatório, e para o CAPS vão os graves. De acordo com as profissionais isso não acontece, ocorre que as UBS não atendem casos leves e com isso esses pacientes vão para os ambulatórios que ficam sobrecarregados e os moderados vão para os CAPS lotando todos os serviços.
    “A função do CAPS é dar autonomia ao paciente”- Enfermeira
    Outro ponto importante é o Projeto Terapêutico singular, onde o atendimento é específico para cada paciente, cada um possui uma agenda.
    O “CAPS Liberdade” é formado por uma equipe grande subdividida em três, rubi, esmeralda e safira. Cada equipe é composta por medico psiquiatra, assistente social, enfermeira, terapeuta ocupacional, psicólogo, oficineiro e professor de educação física.
    Para mim a surpresa foi positiva. Vi como é estruturado um Centro de Apoio Psicossocial e como tem uma boa funcionalidade. Após a reforma psiquiátrica muito foi mudado em relação ao atendimento do portador de transtorno mental, e que o foi para melhor. Esses pacientes estão cada vez mais inseridos na sociedade e em busca de uma melhor qualidade de vida, recebendo grande apoio de equipe multiprofissional.

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  15. Anastácia Soares Vieira
    Na visita ao CAPS, Centro de Apoio Psicossocial, participamos de uma das assembleias dos usuários do CAPS, um dos usuários iniciou a assembleia fazendo uma oração, logo depois um dos funcionários avisou das atividades esportivas, recreativas feitas com os usuários do caps. Nessas assembleias os participantes falam de seus problemas, por exemplo uma senhora queria tomar café da manha no CAPS, porém este serviço é apenas para os pacientes que passam a noite lá. Outra usuária pediu uma orientação para poder votar. Na assembleia cada pessoa fala de pauta ou informe. Os usuários do CAPS queriam formar um movimento, uma passeata a fim de serem tratados com mais respeito pela sociedade, esse movimento seria feito com o apoio dos seus familiares visando também uma melhora na estrutura do CAPS. Ficou muito claro que eles são pessoas muito conscientes socialmente e politicamente. Depois da assembleia fomos para uma salinha onde tivemos uma explicação sobre o funcionamento do CAPS. Nela aprendemos que Residências terapêuticas acolhem pessoas q passaram muito tempo em hospitais, com alto grau de comprometimento. Já o CAPS acolhe pessoas de mais autonomia, nele há acolhimento noturno para os pacientes que estão em crise. Muitos desses pacientes além de serem marginalizados pela sociedade são tratados com indiferença pelos seus próprios familiares, que muitas vezes os acham um peso. As oficinas são importantes porque fazem com que os pacientes convivam com pessoas que possuem os mesmos problemas. A agenda do paciente varia de acordo com a gravidade cognitiva. Para serem incluídos na sociedade esses pacientes participam de atividades recreativas como esportes, oficinas... O CAPS apresenta três equipes, cada equipe possui médico, professor de educação física, enfermeiro, psicólogo, assistente social, oficineiro.

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  16. O Centro de Atenção Psicossocial, CAPS, é uma instituição destinada ao acolhimento de pessoas que possuem transtorno mental e cujo objetivo final é a reinserção social dos pacientes. Surgiu com a Reforma psiquiátrica no intuito de substituir os hospitais psiquiátricos e, portanto, melhorar a condição de vida dos portadores de doença metal.
    Na visita ao CAPS Liberdade que ocorreu no dia 19 de Outubro, pude conhecer um pouco mais da realidade do serviço, tanto das profissionais quanto dos usuários. Segundo nos foi informado é composto por uma equipe é multidisciplinar, formada por médico, técnicos de enfermagem e enfermeiros e dentre os pacientes existem aqueles que frequentam a instituição por conta própria, outros que residem, alguns moradores da residência terapêutica que visitam em determinados dias da semana e ainda há a visita domiciliar para aqueles que moram em suas próprias casas. O Caps visa melhorar as condições das pessoas que possuem transtorno mental e tentam desenvolver a autonomia. Para tal, promovem atividades que visam o desenvolvimento de habilidades, o entretenimento, o convívio social dos usuários. São oficinas ocupacionais que englobam atividades musicais, produção de bijuterias; existe semanalmente a assembleia dos usuários para discutir pontos e expor a opinião dos usuários sobre assuntos diversos, de política a questões internas da instituição, como por exemplo o preconceito, provando que não são pessoas “alienadas”; e também existe a festa legal em que se escolhe um tema e cerca de 80 usuários comparecem. Todas essas atividades objetivam o resgate a cidadania, ou seja, a inserção dos pacientes ao convívio social. Alguns usuários fazem uso de medicação diária, fornecidas pelo estado, para tratar o transtorno. Muitas vezes o comportamento agressivo ou inadequado à convivência em família é justificado pela falta de cuidado, pelo descaso com os portadores que as levam a descompensar a doença. É necessário, então, seguir o tratamento medicamentoso à risca e a família tem fundamental importância em monitorar a administração dos medicamentos para que a melhora seja efetiva. No caso de famílias com baixa renda, o governo dá auxílio salário mínimo para ajudar com as despensas do doente. O Caps tem funcionamento integral, acolhendo casos mais difíceis que precisam de assistência 24h, no entanto, a presença do médico é limitada a quatro dias na semana, somente pelo dia. Dessa forma, quando ocorre um surto de algum portador é necessário que se chame o SAMU para conter e levar à urgência mental onde deve ser medicado o paciente. Um problema grave que ainda se enfrenta é o preconceito com pessoas portadoras de transtorno mental. Os próprios profissionais de saúde menosprezam os sintomas e se ausentam dos cuidados clínicos de pacientes com transtorno mental. Devido ao grande espectro de atuação e dedicação dos profissionais do Caps, alguns portadores já tiveram sucesso no tratamento e hoje conseguem ter uma vida normal: conseguem se relacionar, trabalhar, estudar, mas mantendo sempre acompanhamento ambulatorial.

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  17. Mayne Batista Fontes Santos

    Na quinta-feira, 04 de outubro de 2012, a atividade prática da disciplina Saúde Coletiva III consistiu na visita ao “Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Liberdade”. Fomos privilegiados durante essa visita porque ela ocorreu justamente no dia em que é realizada a Assembleia dos usuários. Esta assembleia ocorre uma vez por mês e é, na verdade, uma reunião em que os usuários esclarecem suas dúvidas, dialogam sobre possíveis sugestões ou reclamações e, também, divulgam alguns eventos destinados a eles. Ou seja, há um espaço feito por eles e para eles que tem o grande objetivo de desmitificação e reinserção social. Acredito que o que mais se clarificou foi a descaracterização da imagem que se tem de que a condição mental possa afetar o esclarecimento sócio-político, isto é, a presença de um comprometimento mental não significa a alienação (por parte do paciente) quanto à maneira que a sociedade se comporta em relação a essa situação. Os usuários tem noção, sim, de como muitas pessoas olham para eles e encaram, infelizmente, a condição mental como incapacitação, evidenciado pela declaração de um dos usuários: “Às vezes não conseguimos um bom emprego quando as pessoas sabem que somos do CAPS.” Além disso, foi divulgada a formação da Associação e do Movimento dos usuários do CAPS e seus familiares que terá como principal objetivo o esclarecimento sobre o que realmente acontece neste serviço e cobrar atitudes da sociedade, de maneira que os próprios usuários não se acomodem e participem ativamente deste movimento de desmitificação. Em seguida, nos reunimos com três profissionais (Assistentes Sociais) que trabalham lá no CAPS e elas nos explanaram como o serviço funciona na prática. O CAPS é um serviço de portas abertas, ou seja, qualquer portador de transtorno mental pode chegar lá e receberá avaliação para que seja “classificado” em paciente de grau leve, moderado ou grave. Dessa forma, de pronto esteja possível, o paciente terá sua consulta médica marcada e será inserido numa oficina, por exemplo. Por atender pacientes com diferentes graus de comprometimento mental, esse serviço trabalha com o PTS (Projeto Terapêutico Singular), que visa atender cada paciente de acordo com as suas limitações. Assim, os pacientes que são egressos das residências terapêuticas são mais comprometidos e precisam de um tipo de tratamento, por terem vindo de um modelo hospitalizado; outros pacientes são menos comprometidos e demonstram mais autonomia. Na chegada de um paciente em crise, por exemplo, o CAPS oferece o Acolhimento 24h, em que o usuário poderá passar a noite no centro, terá acesso a oficinas terapêuticas e receberá tratamento medicamentoso.
    Para o satisfatório funcionamento do CAPS, é necessário que se exerça um trabalho interdisciplinar. Dessa forma, no CAPS Liberdade, temos a dinâmica de uma grande equipe composta por três mini-equipes (Rubi, Esmeralda e Safira). Cada equipe é formada por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, oficineiros e terapeutas ocupacionais, além dos médicos (há 2 médicos nesse serviço e, assim, 2 equipes ficam com 1 médico e 1 equipe fica com o outro). No caso do acolhimento noturno, temos o trabalho de enfermeiros e auxiliares. Antes de irmos embora, ainda conhecemos as instalações do CAPS que, apesar de não serem as ideais, guardam em cada canto a procura de transformar aquele lugar em uma estrutura de fato acolhedora para seus usuários.

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  18. Mayne Batista Fontes Santos (continuação)

    Apesar da beleza do trabalho, os Centros de Atenção Psicossocial tem suas limitações. Uma das limitações citadas pelas assistentes sociais é a questão do encharcamento do serviço.Quando as Unidades Básicas de Saúde não suprem a demanda dos pacientes mentais ― isso ocorre, por exemplo, porque muitos médicos não atendem o portador de transtorno mental por falta de preparo ―, há a superlotação dos Ambulatórios de Referência (que se incubem de atender os pacientes de transtorno leve a moderado) e isso, por consequência, encharca os CAPS(que se responsabilizam dos pacientes de transtorno grave). Outro grande problema relatado é a falta de participação dos familiares da maioria dos usuários. Todos devem entender que o trabalho exercido nesse serviço é um trabalho que deve ser efetuado não só pela equipe hospitalar, mas que deve ser ricamente complementado pelo esforço da família e de toda a comunidade para que o sistema funcione de maneira adequada. Chega a ser repetitiva, mas necessária, a busca pela valorização do trabalho deste tipo de serviço. A importância do CAPS ultrapassa o fato de este ser um serviço substitutivo dos hospitais psiquiátricos, pois há a intenção de atender diariamente, de tratar o portador de transtornos mentais e de reinseri-lo na sociedade, preocupando-se, dessa forma, na devolução da verdadeira identidade sócio-cultural e, mais do que isso, da dignidade do paciente portador de transtornos mentais.

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  19. Filipe Emanuel Fonseca Menezes

    Relatorio de visita ao CAPS - Centro de Apoio Psicossocial - ''Liberdade'' no dia 19 de outubro de 2012. Desde os movimentos da reforma psiquiatrica a saúde mental no sistema de saúde brasileiro sofre mudanças na forma de organização e de atenção à saúde mental.
    Na visita ao CAPS, podemos conhecer um espaço de saúde que funciona para atender os pacientes com transtornos mentais, o que não quer dizer que são insociáveis. No CAPS os pacientes recebem atenção e tratamento psiquiátrico e multidisciplinar. Alguns pacientes, inclusive, no caso do CAPS Liberdade, dormem ali. No CAPS o paciente também desenvolve atividades para melhor habilidades, lazer e vida social.
    A coordenadora do CAPS, Larissa, apresentou sobre o espaço e como funciona a dinâmica de funcionamento do CAPS Liberdade e a rede de saúde pública.
    No CAPS podemos conhecer os pacientes e seu modo de interagir com as pessoas. Infelizmente não podemos presenciar a Assembleia dos pacientes, porém podemos conhecer alguns deles. Há pacientes que vive de maneira tranquila e tem seu emprego.
    A coordenadora ressaltou a dificuldade no atendimento ao paciente com transtorno mental, pois o médico clínico geral tende a não examinar o paciente com transtorno mental, pois ele seria ''doente'' do psiquiatra, ou atende mas ignora queixas por ele relatadas ou sentidas. Enquanto o psiquiatra não realiza o exame físico do paciente, pois não se considera ''médico do corpo'' e sim ''especialista do psiquismo''. É preciso entender que esse paciente precisa atenção e atendimento completo por todos os profissionais de maneira integrada.
    Não pudemos de fato vivenciar o funcionamento integral do CAPS, e não tivemos visitas em CAPS em outras modalidades. Porém, a visita serviu bem para um entendimento geral e desmistificação de alguns estereotipos do doente mental.

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  20. André Luiz Lima de Melo

    No dia 04 de outubro de 2012, parte da turma da disciplina de Saúde Coletiva III visitou, sob orientação da Professora Dra. Ana Débora, o Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Liberdade, situado à Rua Distrito Federal, n º 1012, bairro Siqueira Campos. Logo num primeiro momento, pôde-se perceber que muitos usuários do referido serviço encontram-se em condições que permitem uma boa interação interpessoal. Situação de um usuário que recebeu muito bem a turma e ainda demonstrava certo domínio do inglês. Mais surpreendente ainda, foi a situação com a qual nos deparamos assim que entramos. Tivemos a honra de assistir a toda uma Assembleia dos usuários, que ocorrem semanalmente às quintas-feiras. Sua organização, de fato, impressionava. Nela, foi escolhida uma pessoa para escrever a Ata e uma para presidir. Vale salientar, que os funcionários do CAPS (enfermeiros, assistentes sociais, professor de educação física) também marcavam presença. Ficou decidido na Assembleia, em linhas gerais, a realização de um evento desportivo, a participação ativa dos presentes em movimentos que visam ao fortalecimento dos CAPS e à luta contra o preconceito para com os portadores de transtornos mentais.
    O CAPS Liberdade é do tipo III e funciona 24h. Normalmente, acolhe pacientes em momentos de crise para que não haja a necessidade de ficarem internados. O serviço objetiva a reinserção do paciente na sociedade e, para isso, conta com vários tipos de oficinas, sendo a base do atendimento nitidamente multidisciplinar, fazendo parte da equipe duas médicas psiquiátricas (só não há a presença de médico às sextas-feiras). Realizam, ainda, o atendimento a duas Residências Terapêuticas, cujos usuários geralmente estão mais comprometidos por terem passado muitos anos em serviços manicomias. Nota-se, por tanto, que a abrangência do atendimento engloba usuários com variados graus de comprometimento. Muitos deles possuem transtorno mental leve, embora tal fato, por vezes, os torne incapacitados de exercerem seus trabalhos, como nos casos de caminhoneiros que não podem mais dirigir. Ademais, várias crises surgem mesmo após ter sido ofertado adequado tratamento, pois muitas vezes existem casos de não adesão permanente ao tratamento por se considerarem “curados” ou mesmo por problemas de âmbito familiar. Apesar de a demanda ser muito alta, ofertam almoço e lanches, mas o café da manhã se limita àqueles que estiveram em acolhimento noturno.
    Além da explicação por parte dos funcionários acerca do funcionamento do CAPS Liberdade, houve um momento no qual eles deram o próprio testemunho de como chegaram ao serviço e do que mudou em suas concepções. Uma enfermeira comentou que ao ser aprovada em concurso público não possuía a menor intenção de servir a um CAPS, entretanto, à medida que ali trabalhava, mudou drasticamente de opinião e, atualmente, faz questão de trabalhar em instituições dessa natureza. Depoimento um pouco diferente, foi o de uma assistente social. Ela, desde o princípio, demonstrava interesse em trabalhar na área de saúde mental, comprometimento esse que conserva e cultiva cada vez mais em seus dias de serviço ao CAPS.
    Sem sombra de dúvidas, a visita ao CAPS Liberdade teve um impacto sobremaneira positivo na turma, uma vez que foi notória a ruptura de muitas ideias e conceitos desvirtuados a respeito do portador de transtorno mental, conceitos esses que infelizmente ainda hoje são reforçados pela sociedade de um modo geral. É gratificante saber que a referida visita contribui um pouco mais para a formação de médicos mais conscientes e humanos.

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  22. CAIO MENEZES M. DE MENDONÇA

    O Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) é uma conquista advinda da Reforma Psiquiátrica no Brasil. Ele tem por objetivo ser um local de integração e tratamento continuado de pacientes com distúrbios psiquiátricos e psicológicos. A abordagem é multidisciplinar, envolvendo diversos profissionais, como médicos (psiquiatras), psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Dotado de qualidades únicas, o CAPS oferece além do tratamento terapêutico, um apoio diversificado, englobando habilidades artísticas e esportivas, visando a integração do paciente ao meio social.
    No dia 19 de outubro de 2012, visitamos o CAPS Liberdade, situado no Bairro Siqueira Campos, como parte prática da disciplina de Saúde Coletiva III. Lá, fomos guiados pela Professora Ana Débora e recepcionados pela Coordenadora Larissa.
    No decorrer da visita, fomos apresentados à estrutura física e ao funcionamento do CAPS Liberdade. Falou-se que o CAPS atende um grande número de usuários, que aproveitam as oficinas artísticas e esportivas, além, é claro, das consultas e no final do dia retornam para as suas casas. Quando um paciente está passando por um momento mais turbulento no tratamento de sua patologia, o CAPS serve de apoio, podendo até o paciente passar um período “morando” lá. Embora se saiba que à noite não há suporte médico e, caso o paciente necessite de intervenção médica naquele horário, ele é encaminhado para uma unidade de urgência mental.
    Um problema evidenciado pelo corpo operacional do CAPS é a dificuldade ainda existente de tratamento de patologias fisiológicas (não mentais) em outras unidades de saúde, como as Unidades Básicas, por exemplo. Muitas vezes os clínicos não atendem os pacientes psiquiátricos mesmo a queixa atual não sendo psiquiátrica e o encaminham a uma unidade de saúde mental. Lá também o paciente encontra problema: alguns médicos não tratam as moléstias físicas, alegando que lá o tratamento é de patologias mentais.
    Uma das conquistas sociais do CAPS mencionadas pela Coordenadora Larissa foi a integração social de alguns pacientes, que após acompanhamento prolongado, conseguiram arrumar emprego (empacotador de supermercado).
    Embora o CAPS seja eficiente no amparo ao paciente mental, ainda há muita resistência e desconhecimento da sociedade em geral quanto ao seu funcionamento. Isto é herança do período pré-Reforma Psiquiátrica, marcado pelos hospícios e manicômios, com os maus tratos aos pacientes e o estigma do paciente mental como louco, desvairado.
    Como estudante de Medicina, saí bastante satisfeito em aprender um pouco sobre o campo da Saúde Mental e conhecer um pouco mais dos usuários deste serviço.

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  23. Jose Jackson Guimaraes Junior

    No dia 04 de outubro de 2012 visitamos o CAPS - Centro de Atenção Psicossocial. OS Centros de Atenção Psicossocial (CAPS), entre todos os dispositivos de atenção à saúde mental, teve valor estratégico para a Reforma Psiquiátrica Brasileira. Com a criação desses centros, possibilitou-se a organização de uma rede substitutiva ao Hospital Psiquiátrico no país. Os CAPS são serviços de saúde municipais, abertos, comunitários que oferecem atendimento diário. Seu objetivo é oferecer atendimento à população, realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários.
    Essa visita propiciou um aprendizado muito grande e foi a que mais surpreendeu os alunos devido ao fato que no dia da visita fomos privilegiados com a realização da Assembleia dos usuários. Esta assembleia ocorre uma vez por mês e é comandada pelos pacientes, supervisionados pela equipe de saúde. Nessa assembleia, são discutidos vários assuntos de interesse dos pacientes. São definidos alguns eventos, relatam problemas para serem resolvidos, além de tirar dúvidas que os próprios pacientes tenham. E a maior surpresa ficou por parte do nível de conscientização, não só social, mas principalmente política dos pacientes. Esse fato era desconhecido por parte da maioria dos alunos. Na verdade, essa assembleia foi um aprendizado muito importante para nós, o que jamais encontrariamos na sala de aula.
    O CAPS é composto por uma equipe é multidisciplinar, formada por médico, técnicos de enfermagem, enfermeiros e psicólogos. O CAPS funciona de várias maneiras. Existem aqueles pacientes que frequentam a instituição por conta própria, outros que residem, alguns visitam em determinados dias da semana e ainda há a visita domiciliar para aqueles que moram em suas próprias casas. O CAPS possui diversas funções como: prestar atendimento clínico em regime de atenção diária; acolher e atender as pessoas com transtornos mentais graves e persistentes, procurando preservar e fortalecer os laços sociais do usuário; promover a inserção social das pessoas com transtornos mentais por meio de ações intersetoriais; regular a porta de entrada da rede de assistência em saúde mental na sua área de atuação; dar suporte a atenção à saúde mental na rede básica; promover a reinserção social do indivíduo através do acesso ao trabalho, lazer, exercício dos direitos civis e fortalecimento dos laços familiares e comunitários.
    Através dessa visita, ficamos sabendo da importância do trabalho realizado no CAPS e do seu papel imprescidivel na atenção aos pacientes com transtornos mentais. Além de conhecer o funcionamento e a estrutura, fomos priveligiados com a realização da assembleia dos pacientes que com certeza foi um marco para todos estudantes que estavam presentes. Assim devemos buscar a valorização do trabalho deste tipo de serviço que é muito importante para a sociedade.

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  24. KAÍQUE ANDRÉ DO NASCIMENTO GOIS
    Na visita do meu grupo ao CAPS Liberdade que ocorreu no dia 19 de Outubro, foram elucidados vários aspectos da dinâmica do serviço, quer seja dos usuários quer seja dos profissionais que lá trabalham. Tais profissionais compõem uma equipe multidisciplinar, que é formada por médico, técnicos de enfermagem e enfermeiros. No que diz respeito à presença do paciente, existem aqueles que visitam a instituição por conta própria, também há aqueles que residem lá na instituição e também há a visita domiciliar.
    O CAPS, Centro de Atenção Psicossocial, uma instituição que tem por objetivo maior acolher pessoas que possuem transtorno mental e reinseri-los socialmente. Ele surgiu com a necessidade de substituir os hospitais gerais no movimento denominado Reforma psiquiátrica, e tal mudança tinha como princípio melhorar a condição de vida do paciente.
    Mesmo levando em conta que algumas pessoas possuem uma relativa aceitação aos usuários do sistema, devemos ter em mente que o receio de qualquer reação “estranha” do paciente psiquiátrico ainda promove o distanciamento deste da sociedade. Logo, o preconceito de muitos de nós que temos o “juízo perfeito” deve de uma vez por todas ser extinto pois, alguns pacientes psiquiátricos possuem características como uma relação humana bem desenvolvida e marcante que os tornam diferenciados de uma maneira positiva na sociedade.
    Logo, a nossa visita ao CAPS foi bastante elucidativa e produtiva(só não foi melhor porque só tivemos contato direto com uma paciente psiquiátrica e a outra turma teve a experiência de participar de uma das assembleias da instituição a qual é composta pelos usuários e pelos funcionários). Mesmo assim a visita nos situou quanto à presença e tratamento humano dos pacientes psiquiátricos.

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  25. Luís Filipe Gois Oliveira

    No dia 19 de outubro foi realizada a visita ao Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Liberdade. Como a nova politica antimanicomial o serviço de saúde mental sofreu mudanças na qual a criação do CAPS é uma das mais importantes, não esquecendo também da lei que tem por finalidade de extingui os manicômios fazendo com que não se abram mais leitos novos para internação.
    A vivência no CAPS serviu para mostrar que é possível conviver com os usuários e na verdade eles precisam de um atendimento multiprofissional no qual nesse CAPS é composto pelo médico, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. A casa em que o CAPS está situada é bem ampla e possui quadra de esportes, onde eles participam de atividades físicas, e salas para oficinas de artesanato, música, bijuterias e pintura
    Fomos recepcionados pela Coordenadora do CAPS Larissa. Ela explicou como funciona a dinâmica do local. Eles são responsáveis por um território e prestam serviço 24h. Por isso caso um usuário esteja em momento de crise por passar o dia e a noite lá sem que precise internamento. A maior dificuldade é o tratamento de doenças que não seja transtornos mentais, pois muitos dos médicos se negam a atender esses pacientes alegando que são pacientes de psiquiatras e esses por fim dizem que so saber “tratar” transtornos mentais. A função do CAPS é tentar humanizar o tratamento dos usuários e trazer autonomia a eles para que assim possam ter um melhor convívio com a sociedade. Apesar disso o preconceito ainda é grande por parte da sociedade para com as pessoas que sofrem de transtornos mentais e isso dificulta o tratamento, pois eles sabem sofrem preconceito e isso afeta com certeza nas vidas deles. Outra coisa interessante é que o CAPS também da apoio a família do usuário, isso faz com que famílias possam entender melhor a situação de seu parente e ajudem até no tratamento como por exemplo cuidando da administração dos remédios controlando horário e se ele realmente toma.
    Essa vivência foi de extrema importância para nós no intuito de nos mostrar uma realidade em que a maioria não teve acesso durante o curso e fez com perdêssemos certos conceitos sobre os pacientes. E nos mostrou também a importância da integração do serviço de saúde para seu amplo funcionamento.

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  26. Carla Maria Valadares Melo

    No dia 19 de outubro de 2012, visitamos como parte das atividades da disciplina Saúde Coletiva 3, o CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) situado no bairro Siqueira Campos, na cidade de Aracaju- SE. Lá pudemos ver e entender o funcionamento do mesmo.
    No CAPS são atendidos pacientes moderados a grave, com idade entre 16 e 70 anos. Ao todo são 390 usuários inseridos, entre intensivos e não intensivos, sendo que estes últimos geralmente fazem acompanhamento médico no CAPS. O atendimento no CAPS é prestado de forma multidisciplinar, ele conta com médico, psicólogo, enfermeiro, assistente social, oficineiro, educador físico, auxiliar de enfermagem. Esses profissionais, especialmente o oficineiro, realizam também oficinas terapêuticas, como oficinas de pintura, música, bijuteria, história, bola. É importante a realização dessas atividades, pois os usuários que participam das mesmas tem menos crises.
    São realizadas ainda assembleias nas quais o usuário expõe sua opinião sobre o CAPS e outros assuntos, nelas o usuário tem participação ativa e nesses momentos é possível ver que o usuário não é alienado, que muitos podem viver na sociedade. Uma vez por mês acontece a “Sexta Legal”, festa com temas diferentes a depender do mês. No geral os usuários aderem bem às atividades propostas pelo CAPS.
    Além dessas atividades em grupo, é realizada uma terapia individual, onde o médico faz a consulta.
    Um dos objetivos do CAPS é que o usuário possa ter mais independência e interação com a sociedade, desejo trazido pelos próprios usuários durante as assembleias, visto que alguns só frequentam o CAPS e sua casa por vergonha da sociedade, já que um dos problemas enfrentados pelos usuários do CAPS é o preconceito.
    O CAPS tem funcionamento 24 horas. Durante a noite, fins de semana e feriado a equipe de enfermagem, com enfermeira e quatro auxiliares de enfermagem, é responsável pelo funcionamento. O CAPS tem leitos, portanto realiza acolhimento noturno, que é destinado a usuários em crise, que precisam permanecer no CAPS por medicação, comportamento ou qualquer outro fator. Esses usuários permanecem no CAPS até a melhora, não há tempo determinado, tem usuários que saem com três dias outros ficam até um mês, por exemplo.
    Hoje, o que se tem tentado fazer é levar o usuário em crise ao CAPS, pedindo apoio à urgência mental se não tiver médico no CAPS no momento. A urgência mental presta um suporte de crise, especialmente porque hoje é difícil prescrever o medicamento SOS.
    Os usuários das residências terapêuticas passam o dia no CAPS três vezes por semana. Na residência eles contam com cuidadores e auxiliar de enfermagem, principalmente por conta da medicação.
    A medicação utilizada pelo usuário é dispensada no próprio CAPS, logo é possível saber se o usuário não foi pegar o medicamento e ir atrás do usuário para saber o que aconteceu. Em alguns casos funcionários do CAPS vão até a casa do usuário administrar a medicação.
    Um grande desafio enfrentado pelo CAPS é que as questões clínicas dos usuários devem ser tratadas pela rede de atenção básica, nas unidades de saúde, porém muitas vezes por serem usuários do CAPS suas queixas não são ouvidas e eles não recebem o tratamento adequado. Muitos profissionais da saúde alegam que por se tratarem pacientes psiquiátricos seus problemas não são resolvidos na US ou nos hospitais e ainda se recusam a prestar atendimento.

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  27. Carla Maria Valadares Melo

    Continuação
    A visita foi muito importante para nossa formação médica, pois apesar de já termos tido aulas sobre a questão manicomial e sobre o CAPS, ir até o serviço traz uma visão diferente. No início tivemos receio por se tratarem de pacientes psiquiátricos, mas ao longo da conversa com a coordenadora ficou clara a importância do serviço prestado, das oficinas, da relação estabelecida com os usuários. Além disso, a visita mostrou os desafios enfrentados pelos usuários do serviço e que nós como futuros médicos devemos estar atentos para prestar um bom atendimento a essas pessoas, ouvir suas queixas, não tratá-las com preconceito. O ponto negativo da visita foi que não pudemos ver e participar de uma assembleia.

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  28. Michelle Araújo Siqueira


    A visita ao CAPS Liberdade aconteceu no dia 19 de outubro de 2012, onde pudemos conhecer melhor o serviço prestado aos doentes mentais. Infelizmente, no dia da nossa visita não era dia da Assembleia realizada pelos usuários, mas mesmo assim pudemos entender um pouco sobre o funcionamento desta instituição.
    Conseguimos entender que o CAPS realiza uma abordagem multidisciplinar, a qual inclui diversos profissionais, como médicos, psicólogos, enfermeiros, técnicos em enfermagem, assistentes sociais e terapeutas ocupacionais. Este CAPS oferece o serviço para uma média de 360 usuários, sendo que alguns deles residem na instituição. Os leitos são separados de acordo com o sexo.
    Um fato que me chamou bastante atenção foi saber sobre o esclarecimento sócio e político que eles possuem, ou seja, não são alienados como muitos pensam. Isso ficou evidente pelo relato de Larissa e da turma que assistiu a Assembleia deles.
    É triste, mas ainda é uma realidade o fato da despreparação dos médicos para tratar o doente mental. Se o doente mental tem uma doença fisiológica, e é encaminhado ao clínico geral, este se recusa a atender, pois não está habituado a tratar esse tipo de paciente. É bastante preocupante observar esse tipo de atitude nos dias atuais, pois mostra explicitamente o despreparo do médico em lidar com pacientes psiquiátricos.
    Pessoalmente, foi uma visita um pouco frustrante, pois não tivemos o prazer de ter o contato direto com os pacientes, como foi feito pela outra turma. Mas, no geral, serviu para desmitificar as ideias citada acima.

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  29. LUANA COSTA NASCIMENTO

    Os CAPS fazem parte de uma rede de atendimento aos pacientes psiquiátricos, rede esta composta por: UBS que atendem pacientes com distúrbios leves, os ambulatórios de referência, atendem pacientes com distúrbios leves ou moderados e os CAPS que atendem pacientes graves. Pacientes em crise são recebidos no hospital psiquiátrico São José.
    Os CAPS compõem uma nova opção ao atendimento psiquiátrico, sendo o objetivo principal dá autonomia aos pacientes. Em oposição ao atendimento dos antigos manicômios que somente o visava o tratamento clínico, os CAPS além do clínico dispõem também de todo um arsenal terapêutico para os pacientes e até para os familiares.
    O CAPS visitado possui 3 equipes, cada equipe é composta por um psicólogo, um oficineiro, um terapeuta ocupacional, um médico psiquiatra, um enfermeiro e um assistente social. Além desses profissionais o CAPS conta com um farmacêutico e um professor de educação física.Todos trabalhando em equipe, de forma multidisciplinar.
    Os pacientes dispõem de oficinas, trabalhos físicos como escolinha de futebol, recreações e assembléias. As assembléias são reuniões dos pacientes em que eles próprios sugerem pautas, gerenciam e discutem os assuntos por eles sugeridos com a supervisão dos profissionais. O objetivo principal é a reinserção dos pacientes na sociedade e muitas vezes na própria família.
    O atendimento fornecido nos CAPS é uma inovação no tratamento aos doentes psiquiátricos, onde eles recebem tratamento clínico, farmacológico e terapêutico. É um sistema muito bom porém está sobrecarregado. Ainda existe um grande tabu relação a esses pacientes e em relação ao tratamento necessário para eles, levando ao encharcamento dos ambulatórios de referência psiquiátrica, já que os médicos das UBS não se sentem confortáveis em atender os doentes psiquiátricos mesmo os leves. O encharcamento dos ambulatórios gera a lotação dos CAPS que teoricamente só receberiam pacientes graves.
    Em resumo os CAPS são o início da renovação do tratamento psiquiátrico, mas muita coisa ainda tem que mudar, a começar pelas universidades. O ensino psiquiátrico tem que ser mais explorado para que os clínicos possam ajudar na renovação e enfim no melhoramento do tratamento começando pela base.

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  30. Luana Helena Martins Lucas

    Fomos com a professora Ana Débora visitar o Caps Liberdade, pela disciplina saúde coletiva três. Foi uma experiência sem sombra de duvidas muito enriquecedora, vou tentar relatar um pouco do que vi... Então começar a falar um pouco da reforma psiquiátrica e da luta anti-manicomial que acompanho há um certo tempo devido ao fato de minha família ser envolvida na área da psiquiatria e de origem italiana.
    A luta antimanicomial visa transformar a psiquiatria, a forma de lidar com a loucura e com o louco que mesmo com o advento da Revolução Francesa continuou resignado ao que na época era hospitais. Com o advento da Revolução e com a tomada da Bastilha em 1789, todos exceto o louco, foram libertados. É bom enfatizar que esses hospitais não tinham o caráter curativo, mas sim a intenção e abrigar e retirar das ruas aqueles que não faziam parte do processo de produção. O objetivo desses Hospitais Gerais era meio que fazer uma limpeza nas ruas de Paris.
    O movimento antimanicomial no Brasil tem o dia 18 de maio como data comemorativa , que remete ao Encontro dos trabalhadores da Saúde mental o qual ocorreu em 1987 em Bauru, São Paulo e o CAPS representa um marco de um dos lemas da luta antimanicomial “ trancar não é tratar”, já que o processo de internalizarão tem dois grandes problemas: ele retira o indivíduo da sociedade , isolando-o e ainda tem um problema maior que é o da reinserção desse indivíduo na sociedade.
    O CAPS Liberdade( o que fomos visitar) funciona 24 horas contando com atendendo tanto residencial, como com acolhimento noturno e residências terapêuticas. Esse CAPS beneficia 390 usuários com idade entre 16 e 70 anos. Para atendê-los, ele conta com uma equipe com equipe multidisciplinar:psiquiatras, psicoterapeutas, psicólogos, enfermeiros e auxiliares, e oficineiros.Os CAPS oferecem diversas atividades terapêuticas onde os próprios usuários podem sugerir novas atividades garantindo adesão de uma variedade de usuários. Existem oficinas de pintura, histórias, partidas de futebol, assembleias, dentre outras atividades. Tivemos o prazer de assistir uma das que ocorrem às quintas feiras, onde os usuários são os agentes principais da reunião; são eles os organizadores de cada etapa da reunião, cabendo aos funcionários observar e apenas fazer pequenas intervenções caso seja necessário .Mas o sucesso do tratamento dos pacientes ainda enfrenta o problema de a família muitas vezes não cooperar e simplesmente procurar no CAPS uma maneira de reduzir as obrigações para com o parente.
    Visitar o CAPS não foi bom apenas pelo fato acadêmico, mas pelo fato de possibilitar uma visão de formas alternativas de tratamento que dão certo e para muitos estudantes mudarem a forma de ver a loucura e o louco.

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  31. Taianne Machado Nascimento

    Os CAPS(Centros de Atenção Psicossocial) são serviços de saúde municipais, comunitários e abertos diariamente que tem como papel cuidar de pessoas que sofrem com transtornos mentais, em especial os transtornos severos e persistentes. Sua finalidade é a reinserção do usuário na sociedade através do fortalecimento dos seus laços. Eles são um dos principais exemplos da implementação da Reforma Psiquiátrica Brasileira. No dia 4 de Outubro de 2012 tivemos a oportunidade de conhecer um desses serviços, o CAPS Dr. Wilson Rocha, e participar da reunião dos seus usuários.
    A princípio fomos recebidos atenciosamente por um dos usuários que se apresentou para nós falando em Inglês. Depois, fomos conduzidos para o local onde eles fazem suas reuniões semanais. Achei interessante a organização deles com ATA, pautas da reunião e organização para opinar. Além disso, o primeiro tema proposto por um usuário foi um pedido de orientação para votar, mostrando nesse momento e em outros no decorrer da reunião que eles estavam preocupados em votar consciente.
    Outro ponto da reunião foi a preocupação deles em buscar respeito da sociedade, eles sabem suas limitações, mas buscam dignamente uma atenção por parte das pessoas. Eles falaram sobre a dificuldade de encontrar emprego, o preconceito que sofrem, segundo eles até de médicos e políticos. Falaram também da discriminação quando resolvem fazer uma mobilização no trânsito, por exemplo.
    Muito impressionante também é o fato de eles saberem seus direitos e quererem brigar por eles, preconizando que a união faz a força, isso foi visível, quando disseram que devem batalhar por seus direitos e não esperar a ação por parte dos funcionários do centro. “Eu sou doente, mas sou inteligente porque estudei e conheço meus direitos”
    No final da visita, três funcionárias do centro nos explicaram como funciona o atendimento no CAPS. Os CAPS atendem usuários de vários graus de comprometimento e apresentam grupos de diversas atividades sociais e de lazer como futebol, habilidades manuais, recreação, entre outras, oferecendo além de consultas médicas, o acolhimento social. Alguns pacientes precisam de acolhimento noturno, por isso há CAPS que funcionam 24hrs. Há também as residências terapêuticas que são mantidas pelo rendimento dos próprios usuários, elas servem de abrigo para os pacientes que viviam em manicômios no passado e para aqueles que não tem contato familiar. As equipes multidisciplinares destes centros de apoio são compostas por médicos, terapeutas, enfermeiras, assistentes sociais e psicólogos. Há também profissionais de Ed. Física, farmacêuticos e os responsáveis pelas oficinas. Para os pacientes que apresentam dificuldade em chegar ao centro, há visitas domiciliares.
    Atualmente, uma das maiores dificuldades enfrentadas pelo CAPS está relacionada com o preconceito não só por parte da sociedade, mas também pelos familiares, pois poucos acompanham seus parentes no tratamento, além disso, muitos tentam se esquivar do problema, pois conviver com uma pessoa deficiente mental é difícil, porém não é impossível.
    Visitar o CAPS foi um dos momentos mais legais da matéria, se não do curso, sendo essencial para meu crescimento não só como futura profissional da área da saúde, mas também como pessoa. Foi revelador, perceber como muitas vezes somos conduzidos a pensar de maneira preconceituosa e não valorizamos a diferença. Essas pessoas que diversas vezes foram conduzidas à margem da sociedade dão uma lição na gente com seu comprometimento social, sua preocupação em construir um mundo melhor e lutar pelos seus direitos. Se todos tivessem essa preocupação, construiríamos um mundo mais justo, menos preconceituoso e mais igualitário.Os CAPS vieram para mostrar que a inserção social dos seus usuários é possível e que a sociedade só tem a ganhar com isso.

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  32. Marcos Costa Santos

    Funciona 24 h . Durante o dia conta com trabalhadores que cuidam dos pacientes psiquiátricos que precisam de mais cuidados e durante o dia recebem a atenção mais especializada de uma equipe de enfermeiros. A maioria dos pacientes sofrem de transtornos de esquizofrenia e do humor. São 8 leitos sendo 4 masculinos e 4 femininos. Antigamente a maioria dos casos era encaminhado para as clinicas, como a São Marcelo, mas tentam sempre o tratamento de portas abertas dentro do CAPS. Atualmente são atendidos até alguns casos mais graves. Em casos de urgência é apoiada pela rede SAMU onde é medicada e avaliado para encaminha para as clinicas. O CAPS também trabalha com 4 residências terapêuticas em Aracaju que é financiada pelo município. A maioria consegue retornar para as casas e conviver com a família que recebe um auxílio a fim de receberem cuidado e não serem abandonados, como ocorre mais frequentemente. Nas residências há um cuidador para manter a casa e o cuidado terapêutico é feito por um profissional de enfermagem e também no CAPS aonde retornam mais ou menos 3 vezes por semana. Eles recebem beneficio próprio e para os que moram em casa, há um diálogo a fim de estabelecer um cuidado e atenção ao paciente. Uma reflexão se pode fazer a respeito do estigma da sociedade quanto à agressividade é que não se aplica à maioria e que esse comportamento é inclusive mais comum nos “sãos” que cometem mais crime. Outra reflexão é a de morbidade relacionada a esses pacientes tanto pela dificuldade de comunicação como também pela desresponsabilização e despreparo para atender o paciente psiquiátrico. Há uma tentativa de conscientização na rede básica e na rede terciária para avançar essa questão. Atualmente a depender da dificuldade, é necessário um profissional sair do CAPS até a rede de atenção para intermediar o atendimento. É ainda necessária uma educação permanente para garantir uma formação adequada a todos os profissionais os que lidam diariamente ou não. Muitos conseguem se inserir na sociedade e trabalhar, mas a interdição ainda é um fator limitante, apesar da vontade de muitos em trabalhar, além disso a família muitas vezes se recusa a tentar reverte-la para não perder o incentivo. È importante que eles também se desliguem do CAPS e possam viver independentes fazendo atendimento ambulatorial um pouco mais específico para o caso pois eles normalmente criam vínculo no processo.

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  33. Flávia Maria Matos Melo Campos

    Visitar o CAPS foi algo novo e diferente do que já imaginei. O universo dos transtornos mentais é algo muito complexo e ainda muito assustador para muitas pessoas, incluse era para mim. O Caps está longe de ser algo maravilhoso. Talvez não por culpa do sistema mas pelo tabu que ainda existe nos transtornos mentais. Entretanto é perceptível a evolução do tratamento para essas pessoas. Imaginar pessoas loucas, gritando, agressivas é uma visão distorcida da atual realidade. O Caps é um ambiente onde eles tentam se compreender, se unir, se tratar, conversar e ter um apoio para voltarem a se iserirem na sociedade.Acho que é exatamente isso o CAPS: uma ajuda para inserção na sociedade.Imaginar um lugar que tenta garantir terapia ocupacional, alimentação, atendimento médico, medicamentos é maravilhoso para um grupo de pessoas tao marginalizadas. Eu realmente me admirei com a estrutura. Pode ser que algumas pessoas acharam o lugar horrível mas para mim que imaginava ver pessoas nuas, loucas, gritando ( porque foi essa a experiencia que uma amiga que faz me enfermagem me disse sobre um hospício), o lugar me pareceu até aconchegante. Quanto aos usuários, não vou dizer que me senti 100% confiante. Claro que as vezes você sente um pouco de medo justamente pela criação que vc tem de que temq ue ter medo de pessoas loucas que elas são descontroladas e tal. Mas em geral eles foram bem receptivos, debateram os assuntos deles e nos proporcionaram uma aula de cidadania, humildade e caridade. Tenho certeza que quando olhar para um paciente de transtorno mental verei muito mais que uma doença... Verei uma pessoa como outra qualquer que tem muitos direitos, deveres e que devo respeitar e aceitar suas limitações. Limitações? Todos nós temos.

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  34. CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) é a instituição destinada ao acolhimento e atendimento especializado a pacientes com transtornos mentais graves. O CAPS Liberdade se situa no Bairro Siqueira Campos e está aberto durante todo o dia (24 horas) e funciona no modelo de portas-abertas.
    A depender do plano terapêutico individualizado proposto pela equipe, os pacientes podem receber atendimento ambulatorial com psiquiatras e/ou participar das atividades desenvolvidas ao longo do dia na instituição, retornando para as residências deles apenas para dormir. Eles podem freqüentar o CAPS todos os dias da semana, se necessário. Os pacientes em crise podem, ainda, ser acolhidos e dormir na instituição, que possui um total de 8 leitos, sendo 4 deles para pacientes femininos e 4 para pacientes masculinos. Nos dias sem médicos disponíveis, o SAMU e os hospitais da rede de saúde mental (São Marcelo e São José) dão suporte de atendimento em casos de urgência psiquiátrica.
    O CAPS Liberdade atende um total de 390 pacientes, com faixa etária que varia entre 16 e 70 anos. A equipe que trabalha no local é composta por: psiquiatra, psicólogo, enfermeiro, terapeuta ocupacional, educador físico, auxiliar de enfermagem, oficineiros. O principal objetivo dos trabalhos realizados no CAPS é melhorar a autonomia dos pacientes e reinseri-los na sociedade, de tal forma que eles possam retomar os estudos, buscar algum curso profissionalizante, emprego ou, simplesmente, ter a autoconfiança de poder freqüentar outros lugares além do CAPS e da própria residência. Muitos deles possuem receio de serem discriminados em outros locais, por isso acabam se isolando do restante da sociedade. Em virtude disso, o CAPS desenvolve atividades que visem estimular a interação social e autonomia como oficinas, recreação e lazer, assembléias, dentre outros. O cuidado na orientação familiar também é uma vertente de atuação importante da equipe do CAPS, para que ela contribua para o processo de desenvolvimento de autonomia e inclusão que se realiza com os usuários, evitando-se deixar o paciente apenas “preso” dentro de casa. Vale ressaltar a atuação do CAPS na distribuição de medicações para os usuários e, em caso de ausência da procura, consultando os familiares por não terem vindo buscar a medicação. Isso demonstra a importância de que não haja interrupção do tratamento medicamentoso e como a equipe de profissionais do CAPS trabalha engajada nesse sentido.
    Por fim, vale ressaltar a importância do trabalho realizado no CAPS de cuidado e reinserção social de um tipo de paciente que historicamente sempre permaneceu excluído socialmente e preso nos manicômios. Os serviços prestados como: oficinas, assembléias, atividades de lazer, distribuição de medicações, suporte e orientação familiar comandados por uma equipe multidisciplinar contribuem para o adequado tratamento que esses pacientes precisam.

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  36. Luciana Franca Dantas Passos

    Na quinta-feira, 04 de outubro de 2012, visitamos o “Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Liberdade”, como a atividade prática da disciplina Saúde Coletiva III.
    Foi uma experiência bastante enriquecedora, já que temos pouco contato com pacientes psiquiátricos. Além disso, nesse dia, podemos presenciar uma Assembleia dos usuários, espaço aberto para eles discutirem diversos assuntos. Esses assuntos vão desde marcações de reuniões sociais entre eles a debates a respeito da política em nosso Estado. É válido ressaltar que houve a descaracterização da imagem de quem tem determinado transtorno mental, não apresenta esclarecimento sócio-político, isto é, a presença de um comprometimento mental, não significa alienação em relação à política pública. É importante frisar também que os usuários do CAPS tem conhecimento a respeito da forma preconceituosa, a qual são tratados pela maioria das pessoas, no meio social externo, e discutiram sobre isso também.
    Logo após, nos reunimos com três profissionais (duas assistentes sociais e uma enfermeira) que trabalham no CAPS e elas nos explicaram como o serviço funciona na prática. Qualquer portador de transtorno mental que chegar ao CAPS receberá avaliação para que seja classificado em paciente com transtorno de grau leve, moderado ou grave. Por atender pacientes com diferentes graus de comprometimento mental, esse serviço trabalha com o PTS (Projeto Terapêutico Singular), que visa atender cada paciente de acordo com as suas limitações. Assim, os pacientes mais comprometidos, precisam de determinado tipo de tratamento, enquanto os pacientes menos comprometidos demonstram mais autonomia, exigindo outro. Na chegada de um paciente em crise, por exemplo, o CAPS oferece o acolhimento de 24h, em que o usuário poderá passar a noite no centro e terá acesso a oficinas terapêuticas, transporte, café da manhã e medicamentos.
    A visita ao CAPS foi uma experiência singular, já que nos proporcionou um certo contato com pacientes que temos pouco acesso no nosso curso, apesar de exigirem maior cautela e vivência na interação médico-paciente.

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  37. José Machado Neto
    Os centros de Atenção Psicossocial (CAPS) são unidades de atendimento intensivo e diários aos portadores de doenças mentais graves, constituindo uma alternativa do internamento no hospital psiquiátrico, pois nesse centros o usuário pode permanecer junto às suas famílias e comunidades.
    Os centros encontram-se distribuídos de acordo com a divisão territorial adotada pela prefeitura para demarcação de suas regiões administrativas. Sendo o CAPES Liberdade, o que foi visitado reservado para portadores de sofrimentos psíquicos mais graves. Ao contrário dos hospitais psiquiátricos, o CAPES possuem um modelo mais acolhedor e de reintegração do individuo a sociedade. Cada CAPES possui uma equipe multidisciplinar capaz de atender às necessidades do usuário, composta por assistente social, enfermeiro, auxiliar de enfermagem, terapeuta ocupacional, psicólogo, nutricionista, estagiários, oficineiros, cozinheiros, faxineiros, vigias e psiquiatra (que nesses caso visitada o centro em dias já agendados).
    Infelizmente, pela visita não ter sido na quinta-feira e sim na sexta-feira, não foi possível vivenciar a assembléia dos usuários, o que pelo relato de colegas mostrou-se ser de grande interesse. Contudo, mesmo sem essa experiência ainda foi possível perceber o trabalho que lá é realizado e os problemas que ainda tem que serem resolvidos. Um desses problemas foi a falta de psiquiatra de plantão na unidade, o que por ser um centro que acolhe paciente mais graves deveria ser fundamental. E o descaso que certos profissionais da saúde tratam esses pacientes com sofrimento mental, quando eles apresentam um outro problema de saúde. Esse descaso mostra como não se deve agir quando se encontrar em determinada situação. Uma vez que esses são paciente que também podem apresentar uma outra doença associada, com apendicite, hérnia e não necessariamente é um pensamento delirante deste.
    Foi mostrado como funciona o sistema do CAPES, como cada usuário é tratado minuciosamente, como, mesmo em casa, é feito o controle do uso das medicações, como é acompanhada a evolução de cada caso. Foi também mostrado a agenda do centro com atividades e programação que eles disponibilizam. Foi ainda mostrado o suporte que se da para as famílias do usuário, seja financeira, seja emocional. Essa visita, por mais que não tenha tido a vivência com a assembleia foi demasiada importância, pois revelou a realidade desses paciente, do centro e um pouco da família dos pacientes e mais importante, como nos como futuros médico devemos nos portar, sem preconceito ou desleixamento, em relação com essas pessoas com sofrimento psíquico.

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  38. Rubens Cruz Silva Filho

    A visita ao CAPS foi de longe a mais surpreendente em minha opinião. Apesar de já ter conhecido diversos casos de deficiência mental, a vivência permitiu-me abolir certos preconceitos que mantinha em relação a esses indivíduos. Parte disso ocorreu pelo fato da minha visita ter sido realizada no dia em que os usuários do serviço realizavam uma assembleia com discussão dos mais diversos temas. Foi muito gratificante saber que mesmo com todas as dificuldades apresentadas esses indivíduos ainda conseguem ter noção de muitas coisas que o rodeiam, desde eventos recreativos até temas mais complexos como política, por exemplo. Também vale ressaltar a luta que eles mesmos organizam por uma sociedade mais justa, que respeite a sua deficiência, mostrando dessa forma que eles têm ideia da forma como as outras pessoas os inserem no meio social.
    Apesar disso, o CAPS não está livre de defeitos. Sua estrutura mostrou-se bastante precária, com diversos problemas básicos como superlotação e baixa higiene. Serve de alento o fato que os profissionais que trabalham lá, mesmos cientes desses problemas, nunca deixaram de lado os seus ideais e dos ideais do CAPS. Esse foi talvez o principal objetivo do curso, deixar claro que mesmo com todos os defeitos apresentados pelo SUS, essa é uma rede que se esforça ao máximo para tentar manter o bem-estar do cidadão.

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  39. Ytallo Juan Oliveira Cardozo

    Nós, estudantes de medicina do 6o período da UFS,fizemos uma visita ao Centro de Atenção Psicossocial(CAPS). O CAPS é um serviço oferecido pelo SUS com o objetivo de atender (acolher) pacientes, da comunidade, acometidos por transtornos mentais.Esse sistema foi implantando com o objetivo de melhorar o sistema de atendimento psiquiátrico no pais.Dentre as funções dos CAPSs,podemos citar: prestação de atendimento clínico, promover uma nova inserção social do indivíduo, evitar internações em massa nos hospitais psiquiátricos, entre outras.
    O CAPS funciona durante as 24hs do dia,contando com uma equipe de profissionais capacitados para o atendimentos desse tipo de necessidade especial. A equipe é formada por médicos, enfermeiros,psicólogos,terapeutas e os oficieiros.Todos trabalham em conjunto de forma multidiciplinar,cada um desempenhando em sua área específica um trabalho eficiente.Os pacientes são trazidos por seus familiares ou se encaminham até lá de forma voluntária para ter esse serviço prestado. No dia de visita de meu grupo , pudemos presenciar uma reunião(assembléia) entre os funcionários, pacientes e ate mesmo familiares para discussão de diversas pautas e eventos em que os próprios pacientes participam.O que me chamou atenção foi, que mesmo tendo suas dificuldades e limitações, muitos desses pacientes mostraram um esclarecimento que nos surpreendeu e a vontade deles de mostrar que têm muito o que contribuir para a sociedade.
    Apesar de vários pontos positivos,o CAPS apresenta algumas limitações,como por exemplo a estrutura física do local,que não é suficiente pra atender uma demanda muito grande de pacientes por dia,o não tratamento completo dos pacientes e o desinteresse por parte de alguns familiares.
    Pude concluir, que o CAPS saúde é um serviço público oferecido de tamanha importância para esses pacientes acometidos de transtornos mentais. Entre vários problemas e limitações que esse serviço oferece,não dar pra ter dúvida da sua eficiência e ajuda que proporciona a esses pacientes. O trabalho esforçado e competente dos profissionais são de tamanha importância na busca de melhores resultados possíveis e a ajuda dos familiares é de suma importância na eficácia do tratamento dessas pessoas.

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  40. No dia 19 de Outubro de 2012 foi realizada uma visita ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial) Liberdade, sendo a mesma muito importante no sentido de esclarecer diversas questões e entendimentos de pessoas que não conhecem de fato como o serviço é feito. Uma ideia que muitos têm antes de conhecer o local, é de um ambiente onde não há uma socialização dos pacientes nem entre eles mesmos, nem com os seus cuidadores, mas isso não é o que realmente ocorre pois os usuarios têm uma ambiente com várias dinâmicas e diversas oficinas (que promovem uma boa interação entre as pessoas presentes no local) como torneios de futsal, pintura, desenvolvimento de artesanato, além das assembleias (a qual a minha turma não pode assistir pois ocorre na quinta-feira, além disso foi dito que na sexta é o dia que tem pacientes com quadros mais graves) sendo os organizadores, buscando temas e modos de realizar a assembleia, o proprio usuario. Mas, mesmo assim deu pra perceber através de relatos de pessoas que trabalham lá e até de colegas que puderam presenciar a assembléia, de que os ususarios têm consciência de sua real situação, talvez nem com tanta objetividade mas de alguma forma percebem, e eles lidam com isso de uma maneira até que simples,pois sabem que têm algum tipo de transtorno ou sofrimento mental e de todo o preconceito, medo e exclusão que a sociedade demonstra para com eles. Mas mesmo dessa forma muitos procuram saber mais sobre seu estado e tambem informações sobre o mundo como noticias, política, esportes e varios outros assuntos.
    No CAPS, a equipe que atua lá é formada por diversos profissionais como médicos (psiquiatras), psicologos, enfemeiros,dentistas psicoterapeutas, técnicos, assistentes sociais, entre outros, que promovem uma abordagem multidisciplinar, visando diminuir o sofrimento desses pacientes, buscando tratar os mesmos como pertecentes de algum ambiente social sem preconceitos. Existem mais de 350 usuarios, sendo que alguns deles até residem lá, dormindo em leitos que foram mostrados lá, mostrando dessa forma que o funcionamento é praticamente o dia todo.
    Foi importante a visita também para mostrar que esses pacientes devem ser tratados realmente como pacientes, levando em consideração suas queixas e toda a historia que o paciente tem pra contar e não somente negar o atendimento (porque o médico é clinico geral por exemplo e não quer tratar da "cabeça") porque ele sofre de algum transtorno mental e passar para um psiquiatra. Deve-se tratar e cuidar sem distinção.

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  41. ÉRICA DAYANNE MEIRELES LEITE

    Na sexta-feira 19 de outubro do presente ano visitamos CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) Liberdade no bairro Siqueira Campos, uma instituição que funciona no regime de portas abertas destinada ao atendimento psiquiátrico de uma maneira menos enrijecida que os Hospitais Psiquiátricos, buscando integrar o doente mental ao meio social e familiar e a tratar o paciente de uma maneira mais holística, e sem desmerecer seu discurso, nem trata-lo como um ser incapacitado, ao contrário do que se prever, o CAPS busca dar mais autonomia a esses pacientes. Essa instituição funciona nos moldes da Unidade Básica de saúde, tendo uma atuação territorial e também na gratuidade da medicação e do serviço.
    No seu corpo profissional encontramos médicos, psicólogos, assistentes sociais, enfermeiros, auxiliar de enfermagem, educador físico e terapeuta ocupacional. O Liberdade, trata 390 pacientes, alguns vão todos os dias a instituição e outros, quando não controlados, ficam acolhidos na instituição. Os que desfrutam de uma maior autonomia são monitorados com o objetivo da continuidade do tratamento.
    Um aspecto negativo que pudemos notar na visita foi relativo à estrutura física da instituição, que contribui para uma imagem negativa que é dirigida a esse tipo de instituição e aos pacientes lá atendidos. Particularmente, senti um clima pesado, pois a visita da minha turma foi no dia em que se encontram os pacientes com as doenças mais graves, e tivemos um contato um tanto avesso que nos deixou receosos. Outro aspecto negativo foi relativo a segurança dos profissionais que lá trabalham, em sua maioria do sexo feminino, e que em casos de eventuais surtos ou brigas tem que interferir, o que pode ser desagradável, tendo em vista que alguns pacientes são agressivos. Outro fator que, ao menos para mim foi negativo, é o fato de não existir um médico psiquiatra de plantão todos os dias, inclusive aos finais de semana. Ao meu ver, é um profissional essencial, tendo em vista que quase todos os paciente são medicalizados e esse fator torna mister a presença de um médico para eventuais efeitos ou ausência dos mesmos. Para tentar minimizar esse aspecto, o SAMU e os hospitais São Marcelo e São José que ficam sobreaviso para eventuais urgências.
    Porém não só ficaram visões negativas, vimos pontos positivos nesse tipo de atendimento oferecido. Ressalto o quão fantástico deve ser para o paciente psiquiátrico não se sentir preso a uma instituição, ele vai ao CAPS se sentir necessidade ou se a família notar que ele precisa de um atendimento especializado. Lá, eles tem oficinas, recreação e assembleias, onde os profissionais não desqualificam seu discurso, mas sim, voltam uma especial atenção já que é necessária esse fluxo bidirecional entre os profissionais e os pacientes para a melhoria do serviço.
    A visita foi importante para avaliarmos a nossa visão sobre esse tipo de serviço e paciente. Muitas vezes os profissionais da saúde desqualificam o discurso dos doentes mentais, contudo sabemos que são pacientes com uma grande incidência de co-morbidades e que devem ser avaliados minunciosamente. Também foi importante a discussão com a outra turma que fez a visita em um outro dia, porque eles tiveram acesso a assembleia e nela viram muitos pacientes expondo suas opiniões para a melhoria do serviço, e isso desmitificou um pouco a ideia de que louco não tem palavra nem ideias construtivas, muito pelo contrário ele também tem sua visão do que está ao redor e pode sim ter uma opinião crítica, ainda que muitas vezes essa venha travestida de extravagância.

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  42. A visita ao CAPS(Centro de atençao psicossocial) na minha opiniao foi a melhor visita. Os pacientes com transtornos mentais me surpreenderam muito, alem da capacidade de ter um pensamento organizado eles sabem interagir com os outros pacietes e com pessoas alem do centro. Falando um pouco do centro, o CAPS prepara seus usuários para voltar a ter um vida “normal”, onde possam conviver com as pessoas, se reintegrar as suas famílias(estas recebem auxílio financeiro para cuidar dos usuários do CAPS que saíram de internamento) e possam até se inserir em mercado de trabalho, lá eles têm acompanhamento clínico com serviço médico psiquiatra, enfermeiro e técnicos. O CAPS nos mostra uma realidade completamente diferente onde os loucos, apesar de estarem em um nível aquém de mentalidade, conseguem se socializar entre si expressando condições de raciocínio e informação, não esperados por nós: Eles têm consciência de que estão numa situação diferente da normalide (pois são portadores de sofrimento mental), que as pessoas os veem com preconceito e medo; mesmo estando, muita das vezes, mais antenados às notícias cotidianas (como política, futebol, novelas) que os ditos normais (sem sofrimento mental).
    Enfim foi uma visita muito valida, fui na quinta feira que era o dia da assembleia entao pude ver a consciencia dos pacientes e que apesar de todos os problemas eles continuam forte para poder sobreviver!!

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  43. Kleuton Santana Rabelo

    No dia 19 de outubro visitamos o CAPS(CENTRO DE Atenção Psicossocial). Diferente do antigo modelo manicomial que priorizava a internação do paciente e consequente exclusão da sociedade , o caps tem como objetivo promover o acompanhamento clínico do paciente seja no centro ou na própria casa do paciente e reintegrá-lo a sociedade seja através de atividades recreativas e até uma possível inserção no mercado de trabalho.O CAPS que visitamos possui 8 leitos , sendo 4 masculinos e 4 femininos e nele trabalham alem dos psiquiatras, psicólogos, enfermeiras , auxiliares. Segundo a coordenadora do CAPS o atendimento é de “portas abertas” , para toda população sem necessidade de encaminhamento, funciona 24 horas conta com acolhimento noturno e residências terapêuticas. Atualmente o atendimento abrange 390 usuários com idades entre 16 e 70 anos.
    Além do funcionamento do CAPS ela também nos falou sobre a dificuldade no atendimento ao paciente com transtorno mental em outros serviços que não o de psiquiatria especificamente, como numa urgência por exemplo. Ela disse que geralmente é grande a dificuldade de um clinico geral lidar com esse tipo de paciente quando em momento de crise e por isso acaba ou não fazendo um bom atendimento ou simplesmente encaminha ao psiquiatra.
    A visita ao CAPS foi muito boa pois aprendi mais sobre seu funcionamento e também porque foi um primeiro contato com esse ambiente do atendimento psiquiátrico e com os pacientes em si, apesar da pouca interação e de não termos presenciado nenhuma paciente em crise.

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  44. Louise Lorena Araujo São Mateus Correia
    Relatório de visita ao CAPS
    No dia 4 de outubro de 2012, aconteceu a visita ao Centro de Apoio Psicossocial (CAPS) Liberdade, pela matéria de Saúde Pública. O CAPS, modelo de substituição dos hospitais psiquiátricos, é uma unidade de atendimento intensivo e diário de pacientes acometidos por doenças mentais, pode ser leve, moderada ou grave cujo mais comum é que sejam atendidos os pacientes com transtornos mentais graves, seja de causa psicológica como autismo, esquizofrenia entre outras, seja de causa externa, como o uso abusivo de álcool e drogas, que deixam a pessoa dependente daquelas substancias químicas. O CAPS Liberdade age exclusivamente para pacientes com transtornos mentais graves. Assim que chegamos ao CAPS estava acontecendo a Assembleia dos usuários, em que eles se reúnem uma vez por mês a fim de esclarecerem suas duvidas, dialogarem sobre sugestões e reclamações, e também divulgando possíveis eventos que ocorrerão na região coberta pelo CAPS. Isso esclarece um duvida criada pela sociedade, pois a sociedade tem a ideia de que as pessoas que possuem algum transtorno mental são alienados a ponto de não conseguirem manter nenhuma relação social, nem criar ideias ou eventos para unir eles e o resto da sociedade, pois eles tem noção sim de tudo que os envolve e da forma que os outros cidadãos os olham e os respeitam, o que foi esclarecido na fala de um dos pacientes internados no CAPS: “às vezes não conseguimos arranjar empregos ao saberem que somos do CAPS”. O serviço do CAPS foi mostrado, na prática, por 3 assistentes sociais que trabalham naquele local e nos foi passado que o CAPS é um serviço de portas abertas para todas as pessoas que se interessem e que necessitem de atendimento e acompanhamento médico e, a partir daí, é avaliado no acolhimento, classificado quanto a sua gravidade e depois é marcado seu atendimento com o médico a depender de sua gravidade e é inserido nas oficinas. Os pacientes que são egressos das residências terapêuticas são mais comprometidos e precisam de um tipo de tratamento, por terem vindo de um modelo hospitalizado; outros pacientes são menos comprometidos e demonstram mais autonomia. O CAPS Liberdade é formado por 3 equipes (Rubi, Esmeralda e Safira), sendo cada uma formada por enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, oficineiros e terapeutas ocupacionais, além de 1 médico psiquiatra e 1 médico geral.

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  45. Meu grupo visitou o CAPS Liberdade na sexta-feira, 19 de outubro. O Centro de Apoio Psicossocial é uma instituição que surgiu como fruto do Movimento da Reforma Psiquiátrica no Brasil que colocou em pauta a discussão sobre o modelo vigente de tratamento da saúde mental, fundamentado no modelo manicomial. Essa forma de abordagem afastava o indivíduo do convívio social e o tratava como uma espécie de prisioneiro, além de utilizar métodos bastante criticados para o tratamento, como o uso de eletroconvulsoterapia e de um vasto coquetel de medicamentos que se prestava mais a dopar o paciente do que a trazer melhorias.

    O CAPS surge como uma proposta diferenciada que visa tratar e, principalmente, ajudar o sujeito a lidar com seus transtornos de forma mais humana. O tratamento não se dá apenas pelo uso de medicamentos, mas por medidas que visam reintegrar o indivíduo ao convívio familiar e da comunidade, através da criação de oficinas para estimular habilidades e da participação em órgãos deliberativos, como os conselhos.

    Durante a nossa visita, mesmo conhecendo um pouco sobre o surgimento e a importância do CAPS, a minha primeira impressão não foi tão boa devido ao estado físico do lugar. Apesar de ser espaçoso, o ambiente era muito cinza, sem vida, e aparentemente sem muita higiene. Passamos por alguns quartos e a maioria tinha camas desforradas com colchões rasgados, algumas vazias e outras ocupadas por pacientes. Não senti muito medo, mas fiquei um pouco triste ao ver as condições do lugar e a expressão de alguns pacientes.

    Apesar da falta de condições físicas adequadas, pude perceber que o CAPS continua sendo efetivo nas suas ações e é sem dúvidas um reflexo do avanço da forma de tratar as questões relativas à saúde mental. Na minha opinião, a nossa postura diante dos problemas presentes no SUS como um todo, deve ser a de reconhecer os defeitos com o propósito de solucioná-los e não de fazer uma crítica que desconsidera todo o contexto por trás daqueles problemas e que o emperra em vez de colocá-lo pra frente. Nesse sentido, acho que a visita foi muito positiva e importante para a nossa formação como trabalhadores da saúde.

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  46. Patrícia Oliveira Costa

    Como parte das atividades realizadas pela disciplina Saúde Coletiva, visitamos também o CAPS – Centro de Atenção Psicossocial, situado no bairro Siqueira Campos. Acredito que essa visita foi muito interessante para nós alunos que, apesar de conhecermos um pouco sobre o assunto Saúde Mental, através de matérias que cursamos na universidade, nunca tínhamos tido contato pessoal com esse tipo de paciente.
    Durante a nossa visita, conhecemos um pouco sobre a estrutura e funcionamento do CAPS além de ter presenciado uma das atividades realizadas pela instituição conhecida como Assembleia semanal dos usuários. Nessa assembleia os portadores de transtornos mentais que frequentam a unidade podem discutir sobre questões externas e internas, planejar eventos recreativos e dar reclamações e sugestões sobre como melhorar o atendimento a eles. Isso prova que muitos deles têm conhecimento sobre a sua condição, sabem das suas limitações, do preconceito que sofrem e da sua capacidade de realizar diversas atividades, ou seja, não são alienados como boa parte da sociedade pensa. Com relação ao funcionamento da instituição, nos foi informado que o CAPS funciona 24h; que qualquer pessoa pode receber atendimento por parte de uma equipe multidisciplinar, composta por médicos psiquiátricos, enfermeiros, assistentes sociais, psicólogos, oficineiros; que o tratamento é planejado individualmente, de acordo com as necessidades e limitações de cada paciente; e que a principal função da instituição é promover a reinserção social desses pacientes.
    A partir do momento que os pacientes aceitam e querem a ajuda da instituição, eles recebem um acompanhamento clínico, podem participar de atividades físicas e oficinas de bijuterias, música, pintura e artesanato. Além disso, o CAPS dispõe também de leitos para atendimento de emergência, caso algum paciente apresente crise e precise receber medicação controlada. Vale ressaltar, contudo, que o apoio e a participação da família é de fundamental importância para a melhora do paciente. Esta precisa acolhê-lo mesmo sendo portador de transtorno mental e ajudá-lo durante todo o processo de tratamento. A falta deste apoio é um dos grandes problemas enfrentado pelo CAPS, além de outros como estrutura pequena em relação a demanda de pacientes, já que em muitas unidades de saúde os médicos não querem ou não tem o conhecimento adequado para atender esses pacientes e os encaminham para o CAPS, superlotando essas instituições.
    Acredito que a visita foi de grande importância para todos nós que devemos entender que o campo de Saúde Mental é tão importante quanto os outros da medicina, e que apesar das limitações que ainda temos hoje em dia, muitos avanços já existem.

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  47. Camila Andrade Maia

    O centro de atenção psicossocial tem como objetivo realizar o acompanhamento clínico e a reinserção social dos usuários através do trabalho, lazer, oficinas e fortalecimento dos laços familiares e comunitários. Os CAPS são resultados do processo da reforma psiquiátrica no Brasil, que visa reinserir o portador de doença mental na sociedade, no espaço familiar, encerrando, enfim, anos de exclusão e preconceitos.

    Os CAPS fazem parte da atenção primária à saúde com foco no paciente psiquiátrico, assim, os pacientes têm acesso a cuidados de saúde na região onde moram e participam de atividades que envolvem a família e a comunidade. São, então, estimulados a desenvolverem suas próprias capacidades intelectuais e emocionais, o que lhes proporciona progresso nas relações interssociais.

    Existem alguns princípios básicos que o CAPS deve seguir: devem criar uma recuperação terapêutica que possa resgatar pacientes muito desestruturados que não estão acompanhando as atividades da unidade, se responsabilizar pelo acolhimento dos portadores de transtornos mentais do seu território e incluir ações que envolvam os familiares, junto com projetos de inserção social

    A visita ao Caps me proporcionou novos aprendizados com relação ao paciente psiquiátrico, Confesso que tive receio quanto a essa visita, pois existiam sim preconceitos e pré-julgamentos em minha cabeça relacionado ao paciente e também ao serviço. Após a visita pude, principalmente, acabar com o estereótipo de ‘doido’ que eu tinha e pude entender o paciente psiquiátrico como um paciente com qualquer outra doença. Foi muito importante ter essa oportunidade agora, pois, no futuro, eu vou me deparar com pacientes com esses transtornos e lidarei muito melhor com a situação, sem medo, sem receio, tratando-os com dignidade e respeito que eles merecem.

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  48. TÁSSIA MAYARA CARDOSO RODRIGUES

    No dia 19 de outubro do presente ano visitamos CAPS (Centro de Atendimento Psicossocial) Liberdades situado no bairro Siqueira Campos. O CAPS atende pacientes que tem transtornos mentais de moderados a graves, com idade entre dezesseis e setenta anos, de ambos os sexos. Hoje atende um numero de 390 usuários de intensivos a não intensivos, que podem fazer uso diariamente ou só para consulta de tratamento multidisciplinar.
    A equipe que atua lá é formada por diversos profissionais como psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, dentistas psicoterapeutas, técnicos, assistentes sociais, profissionais de educação física entre outros, que promovem atividades com fins terapêuticos e ocupacionais como promovem atividades físicas e oficinas de bijuterias, música, pintura e artesanato. E vale ressaltar que muitas vezes esse tratamento multidisciplinar surte efeitos extremamente positivos nos sentindo de alguns pacientes conseguirem estabilizar as crises que anteriormente eram frequentes e incontroláveis.
    Muito além dessas atividades em grupo o CAPS vai, nele realiza-se terapia individual, mas somente com alguns pacientes, pois não há condições de realiza com todos os usuários, mas o que se busca de verdade é que o usuário possa ter mais independência e interação com a sociedade, já que alguns relatam que só frequentam o CAPS e sua casa por vergonha da sociedade, já que um dos problemas enfrentados é o preconceito.
    Um fato bastante interessante foi saber que não é apenas dentro da instituição que acontecem os serviços acima citados, os pacientes recebem visitas em casa para que a equipe avalie como está o ambiente familiar e se o tratamento está sendo feito da maneira adequada. O CAPS funciona 24h por dia com atendimento ambulatorial; o atendimento emergencial é feito de segunda a quinta, caso o usuário venha a ter alguma crise nos fins de semana ele é encaminhado para uma urgência pelo SAMU.
    A experiência de conhecer como funciona o CAPS pra mim particularmente foi bastante enriquecedora, pois eu conseguir ter noção do quão importante é conhecer um pouco e entender a necessidade daqueles pacientes que muitas vezes são negligenciados por um clinico geral, pois o mesmo diz que não trata pacientes com transtorno mental.

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  49. Os alunos do curso de saúde coletiva 3 fizeram uma visita numa quinta feira ao caps liberdade ( centro de atenção psicossocial), localizado no bairro Siqueira Campos em Aracaju-se, com o intuito de adentrar no conhecimento sobre o sus (sistema único de saúde) especificamente na capital Sergipana. Nesse dia todos estavam apreensivos para a realização da visita, pois tínhamos muito medo do que poderíamos encontrar por lá. Diante de tanta incerteza ao chegarmos lá nos deparamos com um paciente que falava inglês e tentava aproximar de todos nós quebrando o clima de medo. A partir daí os profissionais apresentaram toda a instalação do caps, onde encontramos quartos com instalações próprias de tais ambientes. Nesse dia estava ocorrendo a assembleia dos pacientes, local onde eles expõem suas ideias e insatisfações conquanto ao funcionamento do local e os andamentos das atividades. Nesse momento ficou difícil diferenciar quem era paciente e profissional da saúde. Assim reforça-se a importância do centro, local propício para restabelecer a inserção social dessas pessoas e também para que elas exponham suas ideias. Como forma de efetuar um trabalho psiquiátrico fora do manicômio foi criado o caps. Ele é composto por profissionais da saúde : médicos, enfermeiros, psicólogos, farmacêuticos e por assistentes sociais. Equipe essa e adjunta de cozinheiros e serventes para dar todo o apoio aos pacientes. O grande problema encontrado pelos profissionais da saúde é a sobrecarga de demanda. Isso se justifica muito pelo fato de outros profissionais da saúde não darem tanta importância ao tratamento direcionada ao paciente psiquiátrico. Portanto essa visita serviu para todos melhorarem a concepção do modelo sus e principalmente do caps, ou mesmo ter uma visão crítica mais concisa do modelo para o tratamento dos pacientes.

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  50. Ana Carolina Dantas Rosário

    Os Centro de Atenção Psicossocial – CAPS – são instituições que surgiram com o intuito de substituição dos hospitais psiquiátricos, antigos hospícios ou manicômios. O mesmo oferece cuidados intensivos, semi-intensivos ou não intensivos a pacientes com sofrimento psíquico. Tais cuidados são realizados por uma equipe multidisciplinar, dotada de psiquiatras, psicólogos, enfermeiros, profissionais da educação física, dentistas psicoterapeutas, assistentes sociais. São promovidas, além de atividades terapêuticas, também atividades ocupacionais, como oficinas de música, pintura e artesanato. Isto tudo visa à inserção social e acompanhamento clínico do paciente.
    No CAPS também é realizada uma terapia individual, porém não há possibilidade de ser realizada a todos os usuários. Além de visitas domiciliares, no intuito de avaliação do ambiente familiar, para avaliar se o tratamento está sendo feito de maneira adequada.
    O CAPS é responsável pelo acolhimento dos portadores de transtornos mentais do seu território e pela inclusão de ações que envolvam os familiares. Deve, também, realizar uma terapia em que se recuperem pacientes demasiadamente desestruturados, que não acompanham as atividades da unidade.
    A visita realizada ao CAPS no dia 19 de outubro de 2012, foi de suma importância para o entendimento do funcionamento do mesmo, para ver o quão melhor é o ideal buscado por ele em comparação aos hospitais psiquiátricos, por ter sido o primeiro contato para a maioria dos alunos com o paciente psiquiátrico, o que nos mostrou que eles, apesar de terem um sofrimento psíquico, dotam de muita noção de política, têm opiniões críticas, e que é bastante importante ser deixado de lado o conhecido como “jogo do empurra”, em que o médico psiquiatra não atende o paciente que sofra de qualquer outra doença orgânica, e o médico generalista faz o mesmo, por ser um paciente psiquiátrico.

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  52. Luciana Alice
    A visita ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), no Siqueira Campos no dia 19 de outubro de 2012, pra mim foi uma mistura de sensações. De início a curiosidade de conhecer e entender como funciona o local e como os pacientes são atendidos, mas logo depois confesso que tive um pouco de receio e até mesmo medo por está em um local desconhecido que atende pacientes com distúrbios mentais de moderados a grave, talvez até por falta de conhecimento da minha parte. Também fiquei um pouco decepcionada com as situações físicas do lugar, alguns pacientes ficavam deambulando e falando coisas sem sentido, outros estavam em quartos que pareciam não ter higiene, com colchões rasgados sem lençóis e muitas camas sem colchão com os pacientes deitados no chão.
    Infelizmente, não pudemos ir ao dia da Assembleia com os usuários, na qual os pacientes discutem sobre diversos assuntos e expressam suas opiniões o que faz com que nós estudantes nos aproximemos mais deles e entendamos mais sobre a suas situações. Entretanto, através das explicações dadas pela assistente conseguimos entender como funciona todo o sistema e um pouco da história de alguns pacientes. A equipe é composta por médico, enfermeiros, técnicos de enfermagem, psicólogos, educador físico, assistente social e terapeutas ocupacionais. O CAPS atende pacientes moderados a grave entre 16 e 70 anos. Ao todo são 390 usuários inseridos, entre intensivos e não intensivos, sendo que estes últimos geralmente fazem acompanhamento médico. A medicação utilizada pelo usuário é dispensada no próprio CAPS e em alguns casos funcionários do CAPS vão até a casa do usuário administrar a medicação. O CAPS tem leitos, que é destinado a usuários em crise, que precisam permanecer no CAPS por medicação ou por outro fator. Esse usuário permanece no CAPS por tempo indeterminado.
    A partir das explicações consegui entender que o CAPS é um local que tem como objetivo ajudar o paciente a lidar com seus transtornos mentais para que ele possa ser aceito pela família e convier com as outras pessoas sem ser discriminado. É claro que nem todo o paciente tem os mesmos distúrbios e por isso deve ser tratados de maneira individual, mas sempre respeitando os outros usuários. A visita também mostrou que nós como futuros médicos devemos prestar um bom atendimento aos pacientes que sofrem de qualquer distúrbio mental sem tratá-los com preconceito e sempre ouvir suas queixas.

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  53. Victor de Oliveira Sousa Guimarães

    Após o retorno das aulas devido à paralisação, no dia 19 de outubro voltamos a realizar as visitas para conhecer o funcionamento do SUS. Nesta, que é a terceira visita, a turma foi ao Centro de Atenção Psicossocial (CAPS) Liberdade, localizado no bairro Siqueira Campos, conhecer como o sistema trata dos usuários que sofrem de distúrbios psicológicos. Vale lembrar da estigmatização que se encontra quando se trata deste tema. Sendo este um dos maiores desafios enfretados pelos pacientes. Esse grupo vem sendo historicamente marginalizado na nossa sociedade sendo que o CAPS traz uma franca evolução nesse processo, visto que os hospitais psiquiátricos (antigo refúgio dos pacientes psiquiátricos) possuíam condições deploráveis.
    Numa conversa com uma das coordenadoras do local, foi esclarecido o objetivo do trabalho, que consiste na reintegração do doente mental à sociedade de uma forma humana e justa. O funcionamento do centro, com seu horário de funcionamento (24 horas por dia) e sua equipe multidisciplinar (que atualmente conta com médico psiquiatra, enfermeiro, psicólogo, dentista, técnico e assistente social) também foi abordado. Os pacientes se dirigem ao centro para atividades durante a semana, para acompanhamento pelos profissionais e também devem serem levados para lá num momento de crise. Há ainda o trabalho conjunto com as residências terapêuticas (duas no município de Aracaju), onde se encontram pacientes com maiores distúrbios e que precisam de atendimento integral.
    Pessoalmente, fiquei impressionado com a sobriedade de alguns usuários, que demonstraram uma boa visão do mundo à sua volta e de seu lugar na sociedade. Muitos daqueles pacientes possuem vivências a serem exploradas e, infelizmente, a questão da discriminação realmente afeta a convivência deles com a população em geral.

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  54. Nathan Cunha de Jesus
    Realizamos no dia 19 de Outubro de 2012 uma visita ao CAPS (Centro de Atenção Psicossocial), que é um serviço do SUS que tem o objetivo de acolher pessoas com transtornos mentais de moderados a graves. O CAPS consiste em uma alternativa ao internamento em um hospital psiquiátrico, já que o usuário tem a liberdade de permanecer com sua família e com seu convívio social habitual. Nossa visita foi realizada em uma sexta-feira, que é um dos dias que recebe os usuários com situação mais grave, dessa forma não tivemos a oportunidade de presenciar a assembleia realizada na quinta-feira, da qual os próprios usuários são os organizadores. Na nossa visita ficamos a maior parte do tempo em uma sala onde nos foi explicado o funcionamento do CAPS (provavelmente já muito abordado por aqui), tivemos pouco contato com os usuários, praticamente somente nos momentos da entrada e saída do centro. Lá na sala foi perguntado pela professora quem ficou com medo ao passar pelos pacientes, ninguém se manifestou. Não foi o que aparentou no momento em que estávamos indo embora, com todos em fila, aparentando evitar qualquer movimento brusco e sem conversar com ninguém. Inclusive na saída um usuário gentilmente me ofereceu um cigarro perguntando: “quer fumar?”, recusei com gentileza ainda maior, já que a professora estava atrás de mim observando minha reação. Isso tudo me fez perceber o quão importante foi essa experiência a fim de mostrar que o preconceito ainda é muito grande até mesmo entre nós que ficamos um bom tempo lá ouvindo sobre a situação deles, quem dirá o preconceito que eles sofrem por parte da população que não conhece o dia-a-dia dos mesmos.

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